Rio Branco, 23 de maio de 2025.

Cesário e Márcio Alecio: um casamento perfeito

O assunto é velho, mas considero relevante.  A esquerda, ou o que resta dela no Acre, continua brigando demais. Veja o exemplo: Cesário Braga, um dos mais genuínos petistas do estado, era candidato à vaga de superintendente do INCRA, mas foi “cancelado” por desavenças tupiniquins.  O cargo acabou no colo de Márcio Alecio, um nome técnico reconhecido pela sua extrema competência, mas pouco afeito a área política. Nem precisa dizer que se tivessem feito uma composição, juntando as duas “peças”, o resultado político do Governo Lula na área rural seria bem mais ampliado. Considero que poderia ter sido um casamento perfeito entre técnica e política.

População de rua tem que ser ouvida?

Este colunista vai propor uma discussão que suscita polêmicas, e não há nenhum problema nisso. Em toda essa situação que envolve o Centro POP, uma questão colocada que merece reflexão é: “A população em situação de rua não foi ouvida”. E tem que ser? A pergunta é simples, de quantos que estão na rua têm condições de opinar?

Essas precisam é de tratamento

A resposta é também simples, quase nenhum. São pessoas que há muito tempo perderam a capacidade de opinar por conta da dependência química. Óbvio que vão preferir fica no centro da cidade pelas “facilidades” (não entendam como apoio a mudança do Centro POP). Quem vive nessa condição lastimável, precisa mesmo é de tratamento. O que ninguém ouve falar, nem de um lado, nem de outro, é iniciativa de investimentos para oferecer tratamento e tentar recuperar o mínimo de dignidade dessas pessoas.

Só balela

O que preciso ser dito, doa a quem doer, é que não há uma política pública séria, planejada, que seja capaz de oferecer o que essas pessoas precisam, que é um tratamento digno. A clara impressão que se tem é que querem apenas tirá-los “de tempo”, como dizem por aí. E quanto mais longe do centro, melhor. Espero, de verdade, queimar a língua.

Petecão morto?

Me arrisco a dizer sem medo de errar que a única eleição ganha, antes do tempo, hoje no Acre é do governador Gladson Camelí para o Senado, que só não será Senador da República mais uma vez se for impedido pela justiça. Então, essa história de que Petecão é “carta fora do baralho” não pode ser dada como certa.

Foi politicagem?

O prefeito Bocalom precisa se posicionar sobre a história contata por Petecão de que um evento no João Eduardo teria sido cancelado apenas por que a emenda era de autoria do Senador. Se é verdade, eu não sei, mas que estava cheio de gente para a tal inauguração que não aconteceu, é do vera.

“Cabeção” sabe fazer política

Óbvio que Petecão não vive seu melhor momento político, isso, é algo claro. Mas, sabe fazer política como ninguém, quando quer se torna um gigante em campanha. Outro detalhe, muito bem articulado e com uma estrutura que nunca teve em uma eleição. Eu não descarto Petecão de jeito nenhum e o conselho para quem acha que homem está “morto”, é  que é melhor repensar.

Voltando a falar em saúde

Pedro Pascoal, sem dúvidas, vive seu pior momento como gestor da saúde do Acre. São casos de, suposta, negligência médica, falta de medicamento, atendimento precário e mortes acontecendo em hospitais. Até na Aleac, a defesa do gestor tem sido abaixo do que se espera de umas principais pastas do governo.

Constatação ou medo da concorrência?

O que se ouve, e não é de apenas um deputado, é que Pedro Pascoal teria “abandonado” a gestão para se dedicar a pavimentar uma candidatura em 2026, que pode ser a Aleac. Não precisa ser gênio que, com a estrutura que tem a Sesacre, e Pascoal, não tendo de besta nem o nome, enfraquece-lo não é ruim para quem vai ser candidato à reeleição.

A esquerda e a comunicação

Impressionante como a esquerda desaprendeu a se comunicar. O Acre é um exemplo claro. Mesmo que essa constatação cause chiliques nos bolsominions radicais, o Governo Lula, com todos os seus inúmeros defeitos, tem tido mais atenção com o Acre do que na época do mito. Mesmo assim, não há ganho político em cima de nenhuma ação. Os chefes de órgãos e escritórios de Lula no Acre parecem que não trabalham no mesmo governo. Cada um atira para um lado e muito ruim.

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Leônidas Badaró

É natural de Xapuri, onde começou na comunicação há 25 anos. De lá pra cá atuou como repórter e apresentador em Rádio, TV e Online. Apaixonado por esportes, também é narrador de futebol.

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