Em agenda oficial no Acre nesta sexta-feira , 23, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, visitou a indústria de beneficiamento de castanha e as obras da unidade de frutas tropicais da Rede Cooperacre, localizada no Distrito Industrial de Rio Branco. A cooperativa é referência nacional na promoção do desenvolvimento sustentável, gerando emprego, renda a partir de produtos compatíveis com a floresta em pé.

Recebida pelo superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro, a ministra esteve acompanhada de diversas autoridades, entre elas o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), Ronald Polanco; o deputado estadual Edvaldo Magalhães; o presidente do Sistema OCB/AC, Valdemiro Rocha; o vereador André Kamai; o superintendente da Secretaria do Patrimônio da União no Acre (SPU/AC), Tiago Mourão; além de representantes do ICMBio e de órgãos ambientais.
Cooperativas que conservam e desenvolvem
Durante a visita, Marina Silva destacou que a Cooperacre representa um modelo de desenvolvimento que alia geração de renda à conservação da floresta, fortalecendo cadeias produtivas sustentáveis, como a da castanha, do açaí e demais frutas tropicais, e da borracha (látex).
“A Cooperacre é a prova viva de que é possível desenvolver uma economia próspera com inclusão social, provendo a conservação da floresta. Esse modelo comunitário mostra ao mundo que existem alternativas ao desmatamento”, afirmou a ministra.
Ela também destacou os avanços do governo federal na redução do desmatamento — queda de 32% no Brasil e de 46% na Amazônia —, o que tem possibilitado a ampliação dos recursos do Fundo Amazônia, que praticamente dobrou, saindo de R$ 3 bilhões para mais de R$ 6,5 bilhões.
“A Cooperacre tem todas as condições de acessar os recursos do Fundo Amazônia, assim como os do Fundo Clima, que são mecanismos financeiros fundamentais para fortalecer empreendimentos que promovem desenvolvimento sustentável e justiça social”, acrescentou Marina.
Preservação que gera futuro
Ao final da visita, a ministra parabenizou a cooperativa pela amplitude dos impactos econômicos, ambientais e sociais que gera para as milhares de famílias agroextrativistas que compõem a Rede de Cooperativas, fortalecendo a bioeconomia no estado do Acre e na Amazônia.
“A Cooperacre é exemplo concreto de como é possível construir um modelo econômico próspero e justo que beneficia quem protege a floresta. Assim como acontece com as centrais de catadores de resíduos sólidos, aqui temos uma estrutura que acolhe os pequenos, permitindo que todos cresçam juntos, protegendo a natureza e gerando dignidade”, concluiu.