Rio Branco, 12 de maio de 2025.

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Em audiência, filho do prefeito confirma declarações sobre compra de votos em Bujari e complica vida do pai

Nesta segunda-feira, 12, aconteceu a audiência em continuação ao processo que apura a denúncia de compra de votos pelo prefeito de Bujari, João Edvaldo Teles de Lima (PDT), conhecido como Padeiro, e sua vice Maria Aparecida. A sessão ouviu o filho do prefeito, Wemerson Gomes de Lima, principal testemunha de acusação.

Padeiro é acusado de compra de votos pelo próprio filho: Foto redes sociais

No processo, é apurado que, após as eleições, Wemerson teria procurado Michel Marques (União), candidato concorrente derrotado, para revelar um esquema de compra de votos liderado por Padeiro, que consistia em comprar votos e transportar eleitores residentes em Rio Branco que tinham domicílio eleitoral no Bujari. Eles eram transportados e deixados em seções onde votavam.

Em seu depoimento, Wemerson reafirmou o que havia dito e registrado, por meio de escritura de declaração, em cartório. Ele destacou ainda que decidiu agir por estar brigado com seu pai, mas não negou as acusações feitas. Junto às declarações, Wemerson também forneceu comprovantes de pagamento via PIX, que, supostamente, destinados à compra dos votos.

Filmagens feitas por populares, e anexadas ao processo, mostram que no sábado anterior à eleição, Wemerson estava dirigindo uma camionete acompanhado de um gerente de banco, realizando visitas à casa de eleitores entre a noite de sábado e a madrugada do domingo das eleições.

Adversários de Padeiro, acreditam que com o depoimento do filho, junto aos de outras testemunhas, já ouvidas anteriormente, confirmam que houve crime eleitoral, praticado pelo prefeito reeleito, que beneficiaram também o vereador e presidente da Câmara de Bujari, Ramisson do Polo (PP).

Após a audiência, foi determinada abertura de prazo para oferecimento das alegações finais para as partes e para o Ministério Público, e depois será proferida sentença. A defesa não negou as acusações, afirmando somente que as provas são insuficientes para a decisão de cassação. A decisão final é da Justiça Eleitoral.

O prefeito Padeiro não foi encontrado pela reportagem para um posicionamento sobre o assunto. O espaço segue á disposição, caso haja interesse.

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