Meu pai me ensinou: “Respeito é bom, sempre”. O que aconteceu com a acreana Marina Silva é inadmissível. Mais ainda onde o fato ocorreu, na maior casa legislativa deste país. Não, a questão não é gostar ou não de Marina, não é concordar com seu discurso, não é concordar com as mesmas causas. É uma questão de respeito e civilidade.
Marina é um patrimônio do Acre
O grande problema, e não é de hoje, é que vivemos em um radicalismo sem precedentes. Volto a insistir, não é preciso concordar com o que Marina defende, mas não se pode desrespeitar nenhuma mulher, mas ainda com a história construída por essa seringueira que se tornou uma voz respeitada em todo o planeta.
Não é uma questão de direita ou esquerda, mas de respeito
E você não precisa ser comunista, esquerdista, ambientalista, sindicalista para se incomodar com os ataques à Marina. Basta ser gente e entender que episódios assim mancham o respeito a uma mulher negra, que saiu de um seringal nos “cafundós do Judas”, vencendo a pobreza e a saúde debilitada para chamar a atenção do mundo quando abre a boca.
Aberson e Mhárdia se posicionaram
O secretário de Educação do Acre, Aberson Carvalho, fez bonito ao prestar solidariedade à Marina por ter sido desrespeitada no Senado Federal. Lembrou da história de mulher negra, acreana e referência na luta ambiental. A secretária da Mulher, Márdhia El-Shawwa, também se posicionou. Não poderia ser diferente em se tratando de uma delegada que conviveu por muitos anos com a violência de todas as formas praticada contra mulheres.
Eber e sua greve de fome fake
Já disse isso outras vezes e vou insistir. Eber Machado (MDB) tem causas importantes e é um vereador atuante e necessário na Rio Branco de hoje. Mas, precisa descontruir esse personagem que está “vestido”. Cadê a greve de fome anunciada? Pelo que se sabe, não passou meia hora sem forrar o bucho. Não precisava “inventar” uma greve de fome para chamar atenção.
Pronto-Socorro abarrotado
Depois que o Portal Acre mostrou que os corredores do Pronto-Socorro voltaram a ser ocupados para acomodar pacientes e a direção afirmar que era algo “pontual”, o diretor-geral da unidade, Lourenço Vasconcelos, gravou um vídeo pedindo para pacientes de casos mais simples procurem as UBS e UPAs.
Mudar cultura é complicado
Sem esquecer os erros da gestão como falta de medicamentos, insumos, profissionais, apontados, inclusive, por um relatório do Ministério Público, o diretor do PS tem razão. Não precisa ser médico para saber que grande parte de quem procura atendimento na unidade de saúde não deveria está ali. Não são casos de urgência e emergência. Ainda faz parte da cultura do morador de Rio Branco procurar o PS até quando sente uma dor na unha.
No entanto…
É preciso deixar claro também que parte desse fluxo “fora de ordem” do Pronto-Socorro é provocado pela ineficiência do atendimento primário. Se as Unidades Básicas de Saúde funcionassem como deveriam, a comunidade, com certeza, iria preferir ser atendida na “biqueira” de casa.
Não aprendeu o jogo
Coitado do Wendel Barbosa que deixar de ser secretário de Esportes em Rio Branco é questão de tempo. Achou que poderia ser nomeado por Bocalom e mesmo assim ser ligado à vários políticos e fazer o que desse na telha. Ainda mais, decidir fazer a inauguração de uma obra por vontade própria e ao lado do Senador Petecão, hoje, desafeto político do prefeito. Pobre Wendel, aprendeu uma lição de que política é bem mais difícil do que derrubar adversários em suas lutas de Jiu-Jitsu.
Te cuida, Henrique Maciel
Henrique Maciel, que já tem seus desafetos entre os delegados que comanda na Polícia Civil tem mais uma dor de cabeça pela frente com a posse de Emylson Farias na Associação de Delegados do Acre. Bem articulado e conhecendo todos os meandros da entidade e do sistema de Segurança Pública vai dar dor de cabeça a Maciel. Uma curiosidade, os dois são conterrâneos de famílias tradicionais de Xapuri.
