Durante a sessão desta sexta-feira, 27, na Assembleia Legislativa do Estado do Acre, contou com a participação de produtores rurais que têm sido impactados pelos embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em propriedades rurais de todo o estado.

Os trabalhadores do setor agropecuário pedem por anistia e meios legais para executar o trabalho, que garantem a sobrevivência das comunidades do campo.
De acordo com o deputado estadual, Eduardo Ribeiro (PSD), que o momento é extrema importância e precisa ser visto pelo Poder Público. “Essa situação precisa de atenção, porque cria um prejuízo para os produtores e para todo o estado. É algo preocupante, difícil, mas acredito que a gente possa encontrar uma solução. Se existe uma lei, uma regulamentação, para garantir que seja possível produzir, utilizaremos”.
O deputado ainda explicou que a decisão sobre a anistia é federal e que dado a grande pressão mundial em questões ambientais, é possível que a decisão não passe pelo congresso. “É uma visão pessoal, mas eu vejo que o caminho é uma regularização”, acrescentou Eduardo Ribeiro.
O produtor rural e presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores Rurais Pecuaristas, José Augusto Pinheiro, usou o espaço de fala para fazer um apelo aos deputados. “Nós, produtores rurais, pedimos esse apoio que levem a mensagem aos deputados que não estão aqui. Precisamos juntar forças e modicar a situação que estamos sofrendo. Nós precisamos ser anistiados, porque se não for isso, o que vamos fazer? Voltar para a cidade? O nosso trabalho é no campo”.
Um dos impactos dos embargos é para a comunidade produtora de maracujá de Capixaba. Desde dezembro, diante dos embargos, o governo mudou a rota e compra os frutos de Rondônia. A decisão gera desperdício de toneladas de produtos, prejuízo financeiro e insegurança para os produtores do Ramal Chico Mendes.
O produtor Alex da Silva Silveira, em sua fala, disse que o Acre precisa de uma frente parlamentar para auxiliar nos assuntos. “Eu não posso dormir um produtor e acordar um criminoso ambiental. Então nós precisamos de uma frente parlamentar, precisamos de apoio, para resolver essa questão”.