Profissionais da saúde participaram, em peso, da sessão desta terça-feira, 27, na Assembleia Legislativa do Estado do Acre, manifestando pela adesão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que garante melhorias para a categoria em diversos assuntos, entre eles, condições de trabalho dignas e melhor remuneração.

Além da cobrança por melhores salários, os trabalhadores da área da saúde exigem melhores condições de trabalho, que abragem diversos temas, como a falta de equipamentos e ferramentas essências para o trabalho.
O deputado Adailton Cruz (PSB) declarou que, em deliberação junto aos trabalhadores, a partir do dia 17 de junho, a saúde entrará em greve.
“A saúde vai parar em todo estado e só retoma depois que o plano de trabalho estiver sendo discutido na Assembleia”, disse.
O deputado acrescentou, ainda, que o movimento é um clamor por justiça e condições de trabalho dignas para todos. “Contem conosco e não tenham dúvidas que a casa vai acolher esse sonho justo. Nós tomaremos as ruas em prol da saúde.

A deputada Michele Melo (PDT), criticou a atual situação enfrentada pelos profissionais e apontou a necessidade de cuidar dos profissionais. “Nós temos paralisações, reinvidicações, de várias categorias, mas é preciso priorizar a saúde. Priorizar quem cuida das nossas pessoas, que se debruçou durante a pandemia. Hoje, os profissionais estão como soldados que vão pra guerra, sendo tirados de seus postos para cobrir buracos em outros espaços, porque a saúde está debilitada”, disse a deputada.
Para a presidente do Sindicato de Enfermagem do Acre, Alesta Costa, são 25 anos de espera por uma pauta emergencial.
“Nós sabemos que o movimento de greve é o último recurso, mas estamos há 25 anos lutando pelo PCCR, há 18 meses negociando com a Sesacre, esperando que o plano passe pela Procuradoria Geral, passe pela Assembleia, e se até o dia 17 o projeto da saúde não chegar na Assembleia, é greve”.