O relatório de auditoria do Conselho Federal de Medicina (CFM), elaborado com o intuito de apurar e analisar possíveis irregularidades em contratações públicas no Conselho Regional de Medicina do Estado do Acre (CRM), concluiu, com base em elementos e provas, que não há evidências que possam comprometer a administração da autarquia ou a correta aplicação de recursos públicos.

Em agosto de 2024, o caso ganhou repercussão, quando o médico radiologista e então vice-presidente do CRM, Marcos Parente, acusou a presidente da entidade, Leuda Dávalos, de práticas irregulares. As acusações tinham como base, um ofício, que, supostamente, apresentava números discrepantes. Marcos Parente encaminhou o documento ao Ministério Público Federal, pedindo providências.
Em resposta, a presidente do CRM teria denunciado Marcos Parente por injúria, calúnia e difamação. A acusação foi aceita pelo juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, Flávio Mariano Mundim, no inicio de mês de maio, no dia 9.
O relatório ainda relata que as denúncias apresentadas foram analisadas sob os princípios da legalidade e transparência. “Após a condução de um processo investigativo minucioso, não foram obtidas provas materiais que corroborassem as alegações feitas. Desta forma, os demais fatos que ensejaram os apontamentos perdem o seu objeto, já que não foram encontradas evidências suficientes ou relevantes para confirmar as ocorrências levantadas, nem tampouco a má utilização dos recursos”, aponta trecho.
Além do parecer positivo ao CRM, o Conselho Federal de Medicina recomendou que a autarquia elaborasse um Plano Anual de Contratações (PAC), contemplando todas as contratações previstas para o exercício, em busca de minimizar possíveis impactos negativos.