Na manhã desta segunda-feira, 12, quase 400 servidores tomaram posse em cargos efetivos em Rio Branco para as secretarias de Educação, Saúde e Assistência social.
Ao todo, 386 servidores tomaram posse em cerimônia realizada no Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac). Estiveram presentes na cerimônia, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom; o vice-prefeito e secretário de Educação, Alysson Bestene; o secretário de Saúde; Rennan Biths; e o secretário de Assistência Social, João Marcus Luz.
Conforme o prefeito, a demanda por servidores está cada vez maior. Com a posse, ele garante que esses trabalhadores terão maior segurança financeira.
“Nós estamos chamando (aprovados) daquele concurso grande que a gente fez. São 386 trabalhadores que estão assumindo hoje, são 386 famílias que vão ter uma segurança maior do dinheiro do final do mês para pagar suas contas”, destaca.
O vice-prefeito e secretário de Educação, Alysson Bestene, destaca que a posse desses servidores para a área vai suprir, principalmente, a demanda de poucos profissionais nas escolas.
“Uma vez inseridos no serviço público, eles vão ampliar os serviços, a gente sabe que as demandas não são pequenas. No caso da educação especial, eu enquanto secretário, sou muito agradecido porque isso diminui, minimiza essas demandas, a quantidade de professor, mediador, cuidador, merendeira, tanto para zona urbana como para zona rural”, explica.
O secretário de saúde, Rennan Biths, afirmou que a posse também é importante na resolução de problemas que a secretaria enfrenta.
“No que se refere à saúde é um momento em que nós estávamos ansiosos, aguardando, porque essa posse, esses servidores, são solução para muitos dos profissionais. Problemas que nós temos hoje em várias frentes de atuação da secretaria. E a partir dessa semana já vão entrar nas nossas unidades e com isso somar força junto com a equipe, melhorando a qualidade e ampliando o serviço da saúde do município para a nossa população”.
Os 398 servidores vão estar distribuídos da seguinte forma nas secretarias:
– 216 servidores saúde;
– 156 servidores educação;
– 14 servidores assistência social
A pedagoga Shirlene Costa, se formou em 2021, mas devido a pandemia não teve a oportunidade de atuar em sala de aula. Antes da aprovação, ela já trabalhava na educação, mas como merendeira.
Ela conta que o processo de estudo não foi fácil, principalmente devido ao tempo que ficava afastada da filha com sua rotina corrida.
“Foi bastante difícil para eu estudar, porque de manhã eu ficava em casa e procurava, procurava estudar. Aí a tarde ia para o trabalho, quando eu chegava eu ia para o pré-concurso. Aí tinha a questão da minha filha, que muitas vezes ela despedia para eu não ir, já que a gente já passava o dia distante, de manhã ela ia para a creche, aí a tarde eu ia para o trabalho, a noite ia para o pré-concurso”, conta.
Acompanhada da mãe, irmã e esposo, ela fala que não esperava conseguir passar, mas que foi surpreendida ao ver o resultado.
“Eu comecei a olhar a lista dos candidatos de baixo para cima, achando que meu nome ia estar lá embaixo. Quando eu fui vendo, fui subindo, subindo, subindo, subindo, porque só eram 8 vagas e então eu vi que eu tinha ficado em sétimo”.
Agora, a acreana busca ser uma ótima professora e superar o medo da inexperiência.
“Eu tenho uma expectativa muito grande pela sala de aula. Tenho orado pedido a Deus sabedoria, já que infelizmente eu não tenho experiência, né? Tenho pedido a Deus que Deus me coloque em mãos de pessoas que realmente tenham compromisso com a educação, que têm o prazer de ensinar também. E eu quero ser uma ótima professora”, destaca.
A baiana Isis Marinho é medica ginecologista e foi uma das aprovadas no concurso. Ela também destaca que a rotina de estudos era bastante corrida. “Todos os dias eu tirava ali uma hora, duas horas por dia para fazer uma leitura, resolver algumas questões, mais ou menos”.
Isis mora no Acre desde 2016 e a aprovação no concurso veio antes mesmo dela terminar o período da residência médica.
“Eu estudava todos os dias, também por conta da Residência. Eu continuei estudando e preparando, realizando questões de prova. Antes mesmo de terminar a Residência, eu já fui aprovada no concurso, que eu finalizei agora. E então fiquei só esperando a chamada”, conta.
