Rio Branco, 23 de maio de 2025.

Sem Fronteira

Sebastião Salgado, lenda do ‘mundo preto e branco’, morre aos 81 anos;

Um dos maiores fotógrafos do mundo, Sebastião Salgado faleceu nesta sexta-feira, 23. O artista, que tinha 81 anos e residia em Paris, enfrentava problemas de saúde decorrentes de uma malária (doença infecciosa transmitida por mosquitos), contraída em 1991. Segundo relatos de pessoas próximas, os remédios já não vinham surtindo efeito nos últimos anos.

                Pelas redes sociais, o Instituto Terra, fundado por Salgado e Lélia Wanick, esposa do fotógrafo, prestou homenagem ao artista. Na nota, o instituto relembra os ideais do homem que acreditava que a restauração ambiental era um gesto de amor humanitário.

Sebastião Salgado
Em 2016, fotográfo esteve no Acre: Foto Arquivo pessoal

                “Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformada”, diz trecho da nota.

Salgado no Acre

                Em 2016, Sebastião Salgado esteve no Acre, onde realizou um ensaio com o povo indígena Ashaninka, no Rio Amônia, em Cruzeiro do Sul. O trabalho rendeu uma exposição em São Paulo, com o título “Amazônia”, com mais de 200 fotos impressas e 200 projeções em salas escuras.

                À época, líderes e membros de comunidades indígenas prestigiaram a exposição, destacando a importância de trabalhos que evidenciassem a diversidade, a riqueza e a beleza amazônica.

                Com a pauta climática já em crise, Sebastião Salgado usou de sua estadia para conversar com as autoridades governamentais do estado, tendo como principal, a formação política e social da Amazônia.

Família Ashaninka fotografada por Sebastião Salgado: Arquivo pessoal

                Inspiração e força para inúmeros artistas, jornalistas, fotógrafos, ambientalistas e acadêmicos, Sebastião Salgado deixou, por meio de seus registros, uma mensagem de esperança e valorização da natureza e da humanidade.

Compartilhe em suas redes

Sem Fronteira