Rio Branco, 20 de maio de 2025.

Contem Vida

Surdos que Ouvem: o papel da Fonoaudiologia na Reabilitação Auditiva

Por Lane Valle

A gente vive hoje num mundo sonoro, muito barulho, muito som. A perda auditiva é um problema comum que atinge um elevado número de pessoas, em qualquer faixa etária da vida. Além das doenças que, com o passar da idade podemos adquirir, temos também exposição a ruídos excessivos e o envelhecimento natural do ser humano.

Reabilitação auditiva
Importante identificar os sinais da perda auditiva: Foto Banco de Imagens

E nem vamos falar de um dispositivo bastante conhecido, especialmente entre os jovens que costumam usar sem moderação: os temidos fones de ouvido, um fator de risco para a perda auditiva, seja em níveis menores ou até mesmo a surdez completa. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, usar fones de ouvido por mais de 90 minutos por dia pode aumentar a chance de zumbido ou perda da audição em um período de até cinco anos, isso se for utilizado o volume de médio a alto. 

E uma das principais dúvidas de quem é acometido pela diminuição da audição é o que fazer quando os primeiros sintomas aparecem e qual profissional procurar para obter ajuda. A fonoaudiologia é a área que estuda e lida com a comunicação do ser humano. Os profissionais que atuam nela cuidam de todo o processo auditivo e de fala que envolvem ações como conversar, ouvir, mastigar, deglutir, etc.

Com muita frequência, profissionais de fonoaudiologia recebem em seus consultórios pacientes com quadros de surdez, queixas de tontura e zumbido nos ouvidos. Situações bem comum nos consultórios de otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos. Uma vez que são profissionais que trabalham com as mesmas regiões do corpo humano, cujo trabalho em equipe contribui para acelerar o diagnóstico e o processo de reabilitação do paciente.

No diagnóstico, por exemplo, o fonoaudiólogo tem papel fundamental, pois é o profissional responsável em realizar exames e triagem auditiva, como Audiometria, Imitanciometria, Emissões Otoacústicas (teste da orelhinha) e o Bera, além das avaliações e reabilitação vestibular.

A surdez é uma condição que pode impactar significativamente a comunicação e a interação social, levando ao isolamento e à diminuição da qualidade de vida de quem sofre com qualquer grau de perda auditiva. Na infância, por exemplo, a dificuldade de audição pode causar distúrbios na aquisição da fala, linguagem, ou ainda problemas de desenvolvimento emocional, educacional e social.

Nas crianças há sinais importantes que indicam algum problema com a audição, como falta de interesse por objetos com ruídos, ausência de reflexos cocleares e dificuldade em reconhecer ou aprender novas palavras.

É preciso ficar atento e a partir da investigação é possível identificar também as possíveis causas para o problema e ter uma atuação direcionada. Atualmente, o uso de aparelhos auditivos tem se tornado cada vez mais comum, assim como os implantes cocleares. Esses recursos estão ficando melhores e mais tecnológicos, com qualidade de som beirando a perfeição.

Nesse cenário, a reabilitação fonoaudiológica desempenha um papel importante na adaptação e no desenvolvimento de habilidades comunicativas. Isso pode incluir treinamento auditivo e estratégias para melhorar a percepção da fala em ambientes ruidosos.

Vale destacar que a reabilitação fonoaudiológica não se limita apenas ao tratamento clínico. É fundamental promover a inclusão social e educacional das pessoas com algum grau de perda auditiva.

Lane Valle é fonoaudióloga e colaboradora do Portal Acre.

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