Por Lane Valle
Há um ditado que diz que tem coisas que até podem passar batido, mas, por outro lado, existem situações que jamais passariam despercebidas.
Hoje, enquanto aguardava para falar com uma diretora na Semsa, na recepção, um jovem rapaz me chamou atenção. Sentado em uma mesa, logo à frente do elevador, ele, acredito, é o responsável por recepcionar e passar informações para as pessoas que chegam ao local. Aquelas que buscam algum tipo de atendimento, ou as que já estão agendas, além dos novos servidores públicos que buscavam sua lotação.
Enfim, em cada atendimento, esse rapaz alto, barba feita, sorriso largo e simpatia que chamava atenção, levantava de sua cadeira, sorrindo, cumprimentava a todos e, se preciso fosse, acompanhava os que chegavam ao local até seu destino de origem.
Dos servidores da casa, não havia um que passasse por sua mesa que não recebesse um bom dia, um tudo bem… Não havia ninguém que, entre idas e vindas ao segundo andar, não fosse cumprimentado.
E foi assim, de bom dia, até mais, boa sorte, agora vai dar certo, parabéns e seja bem-vindo, que fiquei observando e refletindo sobre a forma acolhedora que aquele rapaz recebia as pessoas. Para falar a verdade, não o conheço, não sei bem qual sua função, quanto ganha ou deixa de ganhar.
Não saberia dizer se quer o seu nome. Mas, observando o seu jeito de receber e cumprimentar, uma coisa posso afirmar, gentileza, bondade e humanização nada tem a ver com o cargo que se exerce, ou super salários, ou mesmo a cadeira ou posição de poder que se ocupa. Essas qualidades não são preditoras de nenhuma análise curricular, infelizmente. Elas fazem parte da essência, do caráter e do bom coração de quem as possuem.
Que possamos nos esbarrar com mais “mesas” no meio do caminho ao longo da nossa jornada por aqui…
Por Lane Valle
Jornalista e fonoaudióloga
