A tensão histórica entre Israel e Irã ganhou novos desdobramentos nos últimos dias com ataques diretos e grande escala que afetaram não só zonas militares, como civis. Após uma ofensiva israelense, o Irã lançou mísseis contra a cidade Tel Aviv e Jerusalém em retaliação imediata aos ataques. O rastro de destruição chocou o mundo pelo impacto na comunidade civil e representou uma nova crise na rivalidade, intensificada após os avanços iranianos em seu programa nuclear e as tentativas de destruição do plano pelo exército israelense.
Agora imagina morar em um local considerado uma área de guerra. Mais ainda sendo acreano, vindo de um país sem histórico recente de conflito armado.
É o caso de Thiago Ferraz, rio-branquense que mora em Jerusalém, capital de Israel, há 8 anos e sente na pele a tensão entre as forças militares. Natural da capital acreana, se mudou para o território do Oriente Médio para viver com a esposa, que é israelense. Em entrevista ao Portal Acre, o acreano relembrou os momentos de tensão. “A situação é bem tensa, porque os ataques iranianos tomaram uma proporção muito grande, atingindo os civis”, explica.
Apesar do medo, Thiago Ferraz garante que a situação se tranquilizou pela manhã e que a capital não é tão afetada. Ainda de acordo com o depoimento, Jerusalém conta com ações de segurança. “As casas e apartamentos são construídos com quarto de pânico, que serve de abrigo em casos de ataques”.
Já as residências que não possuem o cômodo, são construídas em áreas próximas a grandes abrigos, para que possam se locomover com facilidade e garantir proteção.
Ainda de acordo com Thiago Ferraz, os moradores contam com um recurso do governo israelense, um aplicativo oficial que emite alertas de possíveis ataques com pelo menos 10 minutos de antecedência. “Um minuto e meio antes dos mísseis chegarem, toca uma sirene e todos devem procurar abrigo”, complementa.
Na noite deste sábado, 14, com mais ataques iranianos, Thiago e família foram para um abrigo.
Não há previsão de cessar fogo para um conflito que acontece em uma das regiões mais instáveis e polêmicas do mundo e que causa temor por ataques nucleares.
