Por meio de nota oficial, o atleta Luigi Inácio Pinheiro reafirmou ser inocente após acusação de racismo que, supostamente, aconteceu na partida entre Santa Cruz e Galvez, durante o Campeonato Acreano Sub-20, realizada no dia 17 de junho.
Conforme a nota, durante a partida, o jogados se dirigiu a um colega de equipe com quem convive no alojamento e utilizou a expressão “urubu, véi” — gíria comum entre os jogadores e que não possui conotação ofensiva ou discriminatória. A defesa de Luigi alega que a fala foi tirada de contexto por membros da comissão técnica do Galvez, principalmente pelo preparador de goleiros do clube, que teria pressionando o árbitro de forma a resultar na expulsão do atleta por suposta ofensa verbal.
Contudo, no relatório da partida feito pela arbitragem, não há menção a ato de racismo, reforçando a tese da defesa de Luigi, na qual o jogador está sendo vítima de interpretação equivocada e injusta.
O Galvez postou uma nota em suas redes sociais acusando Luigi de racismo. Segundo a defesa, o ato configura em uma campanha de difamação irresponsável. Além disso, a nota afirma que as acusações são “levianas e falsas” e acusa o clube de usar um tema sensível como o racismo para promover linchamento público.
A defesa também responsabiliza o Galvez e seus dirigentes por qualquer ato de violência que possa ser cometido contra o atleta, pois o jovem vem recebendo ameaças e teme por sua integridade física.
“Reafirmamos que não houve qualquer ato de racismo, e que o atleta Luigi jamais proferiu qualquer ofensa racial a qualquer adversário, como confirma a própria súmula da arbitragem. O que se vê, lamentavelmente, é o uso político e oportunista de um tema grave para fins escusos”, diz um trecho da nota.
O atleta diz estar à disposição das autoridades, desportivas e judiciais, para prestar os esclarecimentos necessários e comprovar sua inocência. A defesa também anunciou que vai adotar todas as medidas legais cabíveis.
“Reiteramos que racismo é crime, e deve ser combatido com rigor, mas jamais usado como instrumento de manipulação ou perseguição, como lamentavelmente ocorreu neste caso. Justiça será feita”, conclui a nota.
