Rio Branco, 5 de junho de 2025.

Bocalom e Nicolau para o governo?

Existe uma conversa acertada em Brasília que pode mexer com o tabuleiro eleitoral no Acre. Há um acordo, mesmo que não seja oficializado, de que a Federação PP/União Brasil respeitaria os candidatos que o PL montar para governo estadual. Se isso acontecer, a candidatura desejada de Bocalom ao Palácio Rio Branco ganharia um impulso daqueles. O sonho seria o velho Boca na “cabeça” e Nicolau de vice.

Devagar com o andor que o santo é de barro

Mas, calma, moçada, ainda há muita água para rolar debaixo dessa ponte. A primeira é saber se esse acordo de Brasília seria respeitado no Acre. Que Bocalom quer ser candidato ao Governo, nem os pombos da Praça da Revolução duvidam. O outro questionamento é se Nicolau Júnior deixaria uma reeleição quase certa para Aleac para ser vice-governador, em caso de sucesso nas urnas. Este colunista duvida que o deputado troque o protagonismo na Aleac para ser vice.

E Mailza?

Outro questionamento é sobre a vice-governadora Mailza Assis que está em “campanha” faz tempo. Hoje, dentro do governo, o grande estrategista das ações de Mailza é o titular da Segov, Luiz Calixto, que não brinca em serviço. Existe uma clara diferença nas ações da vice após Calixto tomar as rédeas do negócio. De carta fora do baralho, Mailza tem trilhado o caminho de apoios e passou a ter mais confiança, o que traduz em empatia do eleitorado. Nunca é tarde para lembrar, que a mulher senta na cadeira de governadora com a possível candidatura de Gladson Camelí ao Senado Federal.

União Brasil vai “podar” Mazinho

A ideia de Mazinho Serafim lançar duas candidaturas a Federal, ele e a esposa, Meire Serafim, tem o objetivo de fazer “caixa” para a campanha. Como tem mandato, Meire teria direito ao teto máximo, que é de R$ 4 milhões. Ocorre que a direção nacional do partido já sentiu isso e não vai permitir. Se não for barrado pela justiça, Mazinho será o candidato.

Joabe em situação difícil na Câmara

Cada dia fica mais complicada a vida do presidente da Câmara de Rio Branco, Joabe Lira. O grande problema do vereador é não ter conseguido “entender o jogo”. Apesar de aliado do prefeito, Lira ainda não entendeu que precisa “defender” os vereadores. Colegas de parlamento contaram que em reuniões, vez por outra, precisam alertar Joabe. “Homem, você não pode fazer essa defesa da prefeitura, tu não é mais secretário”, disse um deles.

A crise é grande

A decisão de Lira em suspender as viagens dos vereadores para cursos e treinamentos foi respeitada pelos vereadores, mesmo que de forma ressabiada. É que deu a impressão, para a população, de que são esses custos os responsáveis pela crise financeira que passa o parlamento mirim. E não é apenas isso.

A resposta é simples

O problema é que o orçamento da casa foi copiado de um ano para o outro. O que esqueceram é que a atual legislatura, aumentou em quatro o número de vereadores. A conta é simples, é o mesmo dinheiro para “sustentar” mais gente. Como a decisão foi tomada no ano passado, por isso, o clima mais azedo que limão galego entre Joabe e Raimundo Neném, que era presidente.

Falando em relação da Câmara com a prefeitura

A demissão de indicados de Samir Bestene (PP) pela prefeitura é só o começo. Ao todo, o vereador tem quase 30 nomeados. A ordem foi colocar todo mundo na rua. O problema é que os vereadores da base, aliás, Bocalom ainda tem base na Câmara? Resolveram ser corporativistas e disseram que se as exonerações forem mantidas, todos entregarão seus cargos indicados. Se vão cumprir, eu não sei, mas o que o recado foi dado, isso foi.

Nunca sentaram com Bocalom

 Uma das insatisfações da base com Bocalom é que os vereadores nunca tiveram um dedo de prosa com o prefeito. Desde o início do mandato, o velho Boca nunca sentou com os parlamentares para ouvir, dialogar e ponderar sobre a relação com o parlamento. O prefeito é sempre representado por um emissário. Na maioria das vezes, Jonathan Santiago, o homem da articulação política.

Aí é que mora o perigo

Acontece que há uma “disputa velada” entre Santiago e Valtim José, da Casa Civil de Bocalom. Os dois não admitem, mas há uma rivalidade por espaço e poder. Alguns vereadores acham que o que é decidido por Jonathan sofre “pouco caso” de Valtim e as coisas não andam. Como não conseguem falar direto com o Bocalom, acreditam que perdem tempo apenas com emissários que não resolvem nada com coisa nenhuma.

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Leônidas Badaró

É natural de Xapuri, onde começou na comunicação há 25 anos. De lá pra cá atuou como repórter e apresentador em Rádio, TV e Online. Apaixonado por esportes, também é narrador de futebol.

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