Rio Branco, 6 de junho de 2025.

Sem Fronteira

Caravana da BR-364 faz primeira parada na Ponte do Caeté em Sena Madureira

A caravana da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) que começou a percorrer a BR-364 nesta quinta-feira, 5, com o intuito de mobilizar as autoridades do governo federal para a reconstrução emergencial da principal rodovia do estado, realizou a sua primeira parada em Sena Madureira, próxima a ponte do Rio Caeté.

DNIT acredita que ponte sobre o Rio Caeté volte a ter trafegabilidade em outubro: Foto Daigleíne Cavalcante

Segundo o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Ricardo Araújo, o orçamento atual, de mais de R$ 350 milhões, não é compatível com o valor necessário para realizar a obra de recuperação e reforçou a importância da caravana para viabilizar o trabalho.

“Nossa união é importante e nesse momento precisamos esquecer as cores partidárias e partir para o que realmente importa, que é a estrada social. A população merece ser respeitada. Se nós nos unirmos, vamos conseguir alocar recursos, como aconteceu em Porto Velho”, disse.

Em sua fala, o superintendente do Dnit declarou que para restaurar a rodovia de ponta a ponta, é necessário implementar o macadame hidráulico, uma camada de pavimentação composta por pedras britadas e pó-de-pedra ou areia. “O macadame hidráulico resolveria essa questão, mas o macadame é muito caro e o nosso recurso é pouco, se fossemos implementar, ele só atenderia 40 ou 60 km. Então a ideia é acelerar a licitação e conseguir recursos para usar o macadame, que já é definitivo”, complementou.

Ricardo Araújo falou ainda sobre a ponte do Rio Caeté, que está interditada desde janeiro após inspeções técnicas apontarem irregularidades. No momento, o transporte é feito por balsas. “Iremos fazer um pilar de emergência, provisório, que vai ficar em torno de R$ 14 milhões, e em outubro é possível que os carros já estejam passando pela ponte”.

Primeira parada da comtiva na Ponte do Rio Caeté em Sena Madureira: Foto Assessoria Aleac

Para o deputado federal pelo Progressistas e presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, a situação atual é resultado do que não foi executado nos últimos 4 anos. “A BR precisa de manutenção todos os dias, todos anos, e o que nós estamos vendo é a recuperação de um trabalho que aumenta muito mais o esforço e o volume ficam ainda maior. Nossas emendas são importantes, mas são pontuais, o volume de investimento aqui só pode ser dado pelo governo federal, mas nós podemos ser responsáveis e dizer que precisa ser feito, com acompanhamento técnico”, disse o presidente da Fieac.

Também presente à caravana,  o prefeito de Mâncio Lima, Zé Luís (Progressistas), disse que a estrada não se trata somente do direito de “ir e vir”, mas de uma logística de abastecimento e manutenção que significa desenvolvimento. “Nós somos a cidade mais ocidental do Brasil, e um movimento desses é muito valioso para que as pessoas enxerguem a situação que está a BR-364. Tem muita gente que fala da BR, mas não conhece a real situação e hoje esse movimento trás as pessoas pra dentro e mostra a realidade. Quando se fala de estrada não se fala só de ir e vir, mas sim uma logística de abastecimento de manutenção. Estrada significa desenvolvimento”.

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