Rio Branco, 22 de junho de 2025.

Contem Vida

Com atendimento multiprofissional, Centrin se torna referência no tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento em Rio Branco

Uma referência que nasceu da necessidade de um pai e do sonho de um médico. Assim pode ser definido o Centro de Estimulação Neuropsicomotora (Centrin).

A necessidade surgiu “dentro da casa” do fundador do Centro, o médico Mazinho Maciel. Nascido em Cruzeiro do Sul, estudou medicina, se formou e voltou a sua cidade natal para trabalhar. Em  2017, sua filha, à época, com dois anos, foi diagnosticada com autismo.

Mazinho Maciel se tornou referência na área após filha ser diagnosticada com TEA: Foto Luís Oliveira/Portal Acre

Mazinho se deparou com uma realidade ainda presente na vida de pais de filhos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Não existia em Cruzeiro do Sul, atendimento adequado para a filha. A partir daí, passou a estudar sobre o assunto, criou um espaço na própria casa para que a filha fosse estimulada.

O médico passou a buscar mais conhecimento, estudou, se especializou na área e se tornou uma referência quando se fala no tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento. Hoje, Mazinho é convidado para participar de palestras no Brasil e no mundo. No último mês de abril, por exemplo, participou, como palestrante, do Congresso Europeu de Autismo, realizado em Portugal. Também já foi convidado e palestrou nos Estados Unidos,  em eventos em San Diego, na Califórnia, em Fort Lauderdale, na Flórida e em Massachusetts.

Nas próximas semanas, viaja para a Angola, onde faz atendimentos, pela segunda vez, no continente africano.

Mas, além da necessidade da própria filha, Mazinho passou a ter o sonho de que outras crianças com TEA e outros transtornos do neurodesenvolvimento, pudessem ter um tratamento de qualidade, que fossem estimuladas de forma correta, com um diagnóstico preciso, individualizado e que atendesse a particularidade de cada paciente.

Centro conta com espaços adequados para atendimento às crianças: Foto Luís Oliveira/Portal Acre

Foi aí que criou o Centrin, em Cruzeiro do Sul, que depois chegou em Tarauacá, e que se tornaram referência no tratamento e proporcionam resultados extremamente significativos para as crianças, e que tornaram Mazinho uma referência no assunto não só no Acre, mas no Brasil.

Após o sucesso nos dois municípios do interior, o Centrin chegou em Rio Branco. Inaugurado no início de abril deste ano, rapidamente, o Centro tem se tornado uma referência no desenvolvimento de crianças com algum tipo de transtorno do neurodesenvolvimento. O segredo do sucesso não é apenas um, mas começa, de acordo com Mazinho, pelo atendimento multiprofissional concentrado em um único lugar.

“Uma das nossas grandes vantagens é que nossa equipe multidisciplinar é completa, incluindo o médico, que é essa particularidade do Centrin. Eu sou o fundador, eu sou o idealizador da clínica, eu vivo isso na minha realidade, no meu dia-a-dia desde que a minha filha foi diagnosticada com autismo. Desde então, eu fui migrando de especialidade, atualmente, eu estou focado 100% no autismo e suas comorbidades e transtornos do neurodesenvolvimento. Então, aqui nós temos em um só local, o médico e a equipe multidisciplinar, onde seu filho vai chegar, vai passar por uma avaliação primária do profissional médico, vai passar por mim, ele é avaliado, e vou solicitar as avaliações da equipe multidisciplinar específicas para cada caso”, diz Mazinho.

O Centrin conta com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, psicopedagogo e fisioterapeuta.  O médico explica que a equipe multiprofissional é essencial para o diagnóstico correto, que vai ser determinante na decisão de qual melhor tratamento, em que área a criança precisa de mais atenção e, consequentemente, vai decretar o avanço do tratamento do paciente.

“É importante lembrar que algumas coisas do passado hoje não existem mais, como a história de que cada criança tem seu tempo. Não, as crianças não têm seu tempo. Existem os marcos do desenvolvimento, que são parâmetros adotados internacionalmente, que as crianças têm que se encaixar dentro dos padrões de acordo à idade. Por isso é tão importante uma equipe multiprofissional. Aqui, se a criança precisa de fono, tem na sala ao lado, se precisa de terapeuta ocupacional, a mesma coisa, de fisio também. Ou seja, a comunicação entre a equipe é o que faz uma diferença muito grande”, explica.

Espaços são adequados para o atendimento aos pacientes: Foto Luís Oliveira/Portal Acre

Para garantir o diagnóstico mais preciso, a criança passa por um “giro” completo entre os profissionais, que vão fazer avaliações que vão nortear o tratamento. O foco não é descobrir apenas se a criança tem ou não um transtorno do neurodesenvolvimento, mas descobrir do que se trata e a forma mais correta para ajudá-la

“A criança passa pela equipe de acordo a minha primeira avaliação, depois ela volta pra mim, com o relatório de cada profissional e juntos vamos avaliar e diagnosticar o que essa criança tem e começar a estimulá-la de acordo ao que foi encontrado na avaliação individual de cada profissional. Isso é a medicina mais individualizada e específica que existe”, contextualiza o médico.

“Nem tudo é autismo”, diz Mazinho sobre a importância do diagnóstico

Nos últimos anos, tem acontecido um aumento considerável de diagnóstico de autismo. Diversos fatores, segundo o médico, têm contribuído para isso. O avanço da medicina, a comunicação mais fácil que faz com que as pessoas tenham mais informação e entendam que o que antes, parecia “birra” de um menino desobediente, pode ser um transtorno e precisa de acompanhamento e estímulo e a luta de pais para conseguir tratamento para seus filhos.

No entanto, Mazinho faz um alerta de que apenas um diagnóstico correto e responsável pode determinar o transtorno do neurodesenvolvimento correto, sob pena de se “jogar” tudo para autismo e a criança não ter o resultado esperado e adequado.

“Hoje, são vários fatores que contribuem para esse “boom” do autismo, entre eles, está o avanço da ciência, há uma gama de profissionais absurda se dedicando ao estudo do autismo, a comunicação fácil hoje através de internet e o movimento de ativismo dos pais, no qual eu me incluo, em busca de tratamento. Mas, temos os erros de diagnóstico, onde entra o popular tudo é autismo. Uma regressão, um atraso na fala, uma dificuldade no caminhar, não significa que seja autismo. Os maiores erros de diagnóstico são baseados em conceito de autismo e não em critérios de autismo que são complexos. É um diagnóstico muito sério, é para vida inteira, isso vai mudar a vida da criança, do pai, da mãe, da família inteira, vem a escola, há de ser muito rígido na questão do laudo final”, diz Mazinho.

Sede própria do Centrin que concentra todos atendimentos multiprofissionais em um só lugar: Foto Luís Oliveira/Portal Acre

O Centrin, na capital acreana, fica localizado na Estrada do Calafate, Portal da Amazônia, na entrada do condomínio Swiss Park.

Consultas podem ser agendadas pelo contato 68 99259-5679.

O Centrin também está nas rede sociais – https://www.instagram.com/centrin.oficial?igsh=aDkzOW0zYzhhMzJ0

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