A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Cruzeiro do Sul segue investigando o caso da bebê Aurora Maria Mesquita, que sofreu queimaduras nas pernas durante o banho na Maternidade Irmã Maria Inete.

Segundo o delegado Vinícius Almeida, responsável pelo caso, testemunhas relataram que a água usada pela enfermeira no momento do banho estava em temperatura excessivamente elevada. “Testemunhas que colocaram a mão na água sentiram que a temperatura estava muito alta e até relataram a presença de fumaça saindo da água”, afirmou.
Uma perícia técnica já foi realizada na maternidade e mediu a temperatura máxima da torneira em 57°. “Isso não significa que essa era a temperatura da água no momento do banho da criança, mas a temperatura máxima aferida no local chegou a 57°”, explicou o delegado.
A polícia aguarda o laudo médico do Hospital de Rio Branco, que analisa a possibilidade da criança ser portadora de uma doença que provoca bolhas no corpo e pode causar sintomas semelhantes a queimaduras por calor.
A pediatra que atendeu a bebê e prestou socorro informou que dois casos dessa doença foram identificados anteriormente na maternidade, inclusive um paciente com 13 anos.
“A Polícia Civil está apurando todas as possibilidades, tanto a condição médica da criança quanto a temperatura da água”, reforçou o delegado.
As investigações continuam para esclarecer se a queimadura foi causada por erro no atendimento ou se a condição clínica da criança contribuiu para os ferimentos.