Rio Branco, 19 de agosto de 2025.

Detran-AC

Nível do Rio Acre registra terceira pior cota dos últimos 11 anos; Defesa Civil alerta para possível seca histórica

O verão amazônico, período de seca e altas temperaturas provocadas pela estiagem, provoca problemas de abastecimento de água em diversos bairros da capital acreana. Segundo informações divulgadas pela Defesa Civil, na manhã desta segunda-feira, 30, o nível do manancial é de 2,06m, a terceira pior cota do nível do Rio Acre, em 11 anos, perdendo somente para os anos de 2016 e 2024, onde a margem foi de 1,95 e 1,81, respectivamente, o que denuncia a gravidade e o alerta para uma possível seca histórica.

Rio Acre tem cota de apenas 2,06 metros nesta segunda: Foto Marcos Vicentti

Em entrevista ao Portal Acre, o coordenador da Defesa Civil, o tenente coronel Cláudio Falcão, afirmou que um saldo positivo para o município é a ausência de fenômenos meteorológicos como La Nina e El Nino, que causam o resfriamento e aquecimento das águas e interferem no nível de chuvas em todo o país.

“Nossa sorte, entre aspas, é que não estamos sob fenômeno meteorológico, como La Nina e El Nino. Dessa maneira, nós tivemos bastante chuva no mês de abri. Mas agora, ao longo do mês de junho, nós estamos passando por uma mudança de temperatura e isso faz com que a chuva diminua cada vez mais e nós já tínhamos um déficit de chuva no mês de maio e temos agora também em junho”, explica o coordenador.

O tenente coronel Cláudio Falcão explica que o mês de junho se encerra com a média de 39 milímetros, o que indica que só choveu 24,6mm, com apenas três dias de chuva significativa. Em julho, a expectativa é de zero dias chuvosos. “Em outros dias, até choveu ali menos de 1mm, com 0.4 ou 0.6, e isso a gente até despreza numa estatística”.

Ainda de acordo com o coordenador, o nível do Rio Acre apresenta uma anormalidade. “Em uma época como essa, em que nós estamos muito próximos de 2m, a gente deveria estar pelo menos com o dobro. Isso é que é o esperado, seria o normal, mas estamos em uma anormalidade já que vamos entrar nos três primeiros meses, que são de julho a setembro. Esses meses são críticos e bastante complicados para nós”, acrescentou.

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