Toda criança que nasce, é comum que amigos e familiares queiram conhecer quem acabou de chegar ao mundo. Ocorre que o gesto, de carinho e afeto, pode se transformar em um problema de saúde para os bebês que acabaram de nascer.
O que é comum para um jovem ou adulto, como beijos e abraços, podem apresentar sérios riscos para recém-nascidos. O problema é que no caso dos recém-nascidos, os anticorpos responsáveis pela proteção do organismo contra infecções só começam a ser produzidos a partir dos seis meses.
Segundo a médica pediatra Vandeira da Silva, os primeiros 28 dias de vida são extremamente desafiadores para a criança e para a rede de apoio. “Esses primeiros dias são de adaptação a um mundo fora do útero da mãe, e nós sabemos que os bebês adoecem bem mais quando se fala de questões virais, principalmente as síndromes respiratórias. O sistema imunológico está em desenvolvimento e o cuidado é redobrado”, disse.
Para proteger os recém-nascidos, a pediatra explica que não se deve beijar ou tocar a criança. “É muito importante não tocar, não beijar e evitar qualquer contato, principalmente se estiver com qualquer sintoma de doença respiratória. Não levar outras crianças para conhecer o bebê também é importante, porque elas também podem ser portadoras de algum vírus”, diz.
Vandeira ainda destaca que é necessário evitar visitas e orienta os cuidados essenciais em caso de contato. “As visitas devem ser evitadas e caso sejam feitas, devem ser combinadas previamente com os responsáveis e durar de 20 a 30 minutos. A pessoa que visitar deve ter o cuidado de higienizar as mãos, com água, sabão e álcool”, orienta.
A proteção contra doenças virais é feita a partir dos seis meses, momento em que a criança recebe as primeiras doses. Apesar disso, a proteção contra doenças graves só é garantida quando o esquema de vacinação estiver completo. “Por isso que é também importante que o recém-nascido só tenha contato com os familiares mais próximos. Aguardar para visitar esse bebê também é um gesto de amor e uma forma de ser um colaborador da saúde”, explica.
