Rio Branco, 25 de junho de 2025.

Sem Fronteira

Servidores públicos realizam manifestação unificada em frente à Aleac e apontam que falta de respostas do governo pode levar a greve geral

Reajuste salarial, auxílio alimentação, auxílio saúde, condições de trabalho e reforma do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), são as principais reinvindicações dos servidores públicos da educação, saúde e segurança pública, que organizaram uma manifestação coletiva no centro de Rio Branco, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Acre, na manhã desta quarta-feira, 25.

Sindicatos se uniram para cobrar governo: Foto Luís Oliveira/Portal Acre

Ao todo, 30 sindicatos se uniram para fortalecer o movimento de luta e solicitar diálogo com o governo, em busca de viabilizar a construção de ações concretas de valorização para todas as classes trabalhistas. O deputado estadual Adailton Cruz (PSB) esteve presente na manifestação e declarou que o movimento é histórico.

“É histórico porque envolve todos os servidores com o objetivo de cobrar do governo mais empenho e atenção, inclusive com a questão do aumento das verbas indenizatórias. O pedido aqui são pautas comuns, de melhorar auxílio alimentação, estender o auxílio as outras categorias,” declarou.

Ainda de acordo com o parlamentar, a falta de respostas pode ocasionar uma greve geral em todos os estados. “Segundo o comando sindical, se não houver respostas, deverão deflagrar uma greve geral em todo o estado, de todas as áreas. A gente, como trabalhador, está aqui apoiando”, complementou.

Para a aposentada da área de educação e integrante do movimento Cabeça Branca, Rosangela Castro, a luta é por valorização reposição das perdas inflacionárias.

“Infelizmente, todos os servidores da educação estão com o PCCR sem revisão, sem reposição da inflação e nós estamos nessa luta em busca de valorização dos profissionais. Nós do movimento Cabeça Branca estamos há 3 anos na luta pelo retorno das nossas tabelas salariais e o que nós queremos é sermos respeitados e valorizados, o que não acontece nesse estado”, disse a aposentada.

Rosangela Castro acrescentou que a união busca a reforma do PCCR de todos os servidores. “Temos um governo que massacra os servidores do nosso estado e estamos nessa unidade para que juntos tenhamos nossos PCCR efetivados, revisados, porque esse governo há quase 8 anos está aí e não valoriza. Pedimos o retorno das tabelas”, reforçou.

O presidente do Sindicato dos Policias Penais, Leandro Rocha, afirma que a pauta é única. “Todos os servidores públicos resolveram se unir porque é uma pauta única e já tem bastante tempo que todas as categorias vêm lutando pelas pautas individuais, que no decorrer do tempo nunca foram atendidas, então viemos aqui de forma unificada”.

A manifestação também contou com a presença dos servidores da saúde. Segundo a presidente do Sindicato de Enfermagem do Acre, Alesta Costa, a manifestação busca respostas das ações do governo em prol das categorias, de acordo com o limite prudencial. “Nós estamos há 25 anos em uma luta pela reforma do PCCR e atualmente o governo não tem um limite prudencial [que atenda as demandas dos servidores]. Nossa luta é para ver o que o governo pode fazer mesmo estando fora do limite, que é o auxílio saúde, auxílio alimentação de R$1.000, que o governo mostre para nós um planejamento”.

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