Produtores rurais de áreas embargadas pela Operação Suçuarana, deflagrada em 5 de junho, se deslocaram até a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), nesta terça-feira, 1°, para participar de uma audiência pública. O encontro deveria discutir a retirada dos embargos e regularização da atividade agrícola, mas a audiência não aconteceu.

A notícia da suspensão foi recebida com grande indignação pelos manifestantes, que informaram que não haviam sido avisados de forma prévia.
Mesmo com a remarcação da audiência, prevista para acontecer em 11 de julho, no auditório da FAAO, os produtores presentes pediram por uma cópia da ata que indica a realização da audiência pública, como garantia. O ocorrido foi definido como “falta de organização da Assembleia” pelos manifestantes.
Em entrevista ao Portal Acre, o ex-deputado estadual e manifestante, Geraldo Pereira, o movimento busca resolver a questão dos embargos e tratar a regularização fundiária e ambiental. “Nós temos mais de 26 mil propriedades e todas essas propriedades estão sendo inviabilizadas nas pequenas cidades do nosso estado. Estamos vivendo uma crise maior do que a Crise da Borracha, porque vamos produzir e não vai ter para quem vender. A pecuária está inviabilizada no estado”, disse Pereira.
Ainda segundo Geraldo Pereira, a expectativa é que no dia 11 de julho, estejam presentes prefeitos, vereadores, deputados, lideranças dos órgãos ligados ao movimento ambiental e Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).
“Toda a bancada federal deve estar presente para que possamos discutir uma solução para a economia do Estado do Acre”, acrescentou o manifestante.
Durante a sessão, os deputados estaduais usaram o pequeno expediente para demonstrar solidariedade aos produtores rurais e reafirmaram o compromisso de discutir o tema, com seriedade, no momento reservado.