Rio Branco, 16 de julho de 2025.

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Com mais de 10 mil terrenos baldios, prefeitura busca conscientizar proprietários para evitar incêndios urbanos no período de estiagem

Prefeito afirmou que penalidade é último recurso e pediu conscientização dos proprietários de terrenos: Foto Luís Oliveira/Portal Acre

Em julho, a população acreana começa a sofrer com um dos períodos mais críticos do verão amazônico: a estiagem e o alto índice de incêndios urbanos. Pensando na problemática, a Prefeitura de Rio Branco realizou nesta terça-feira, 15, no auditório da instituição, uma reunião com os representantes do setor imobiliário, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Secretaria de Estado da Casa Civil. O encontro visou conscientizar os proprietários de terrenos sobre a necessidade de manter os espaços limpos e livres de materiais inflamáveis e não realizar a queima como forma de limpeza da vegetação seca.

O descumprimento da responsabilidade pode ocasionar multas e penalizações de acordo com a gravidade da ocorrência e os danos causados. Durante a reunião, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, reforçou que a aplicação não deve ser a prioridade. “Nós não corremos atrás de fazer multas, porque ela não nos interessa e não resolve o problema. Então estamos aqui fazendo uma ação de educação ambiental por meio da Semeia e outras secretarias, e eu sempre vou ser a favor do diálogo, da educação e de um acordo para que a gente possa reduzir e não deixar acontecer o que aconteceu no ano passado”, disse Bocalom.

Tião Bocalom acrescentou que a época de queimadas e seca é extremamente difícil para a população, principalmente para as crianças devido ao alto índice de poluição no ar. “Pessoas com mais idade e crianças são as que mais sofrem. No ano passado nós tivemos alguns óbitos, em razão de pneumonia, agravadas pelo excesso de fumaça no ar […] Então nós realizamos essa reunião como um pedido de socorro para a população de Rio Branco”.

De acordo com a secretária da Semeia, Flaviane Agustini, há mais de 10 mil terrenos baldios registrados na Prefeitura, com uma margem de erro para mais, já que nem todos estão regularizados. “Os lotes baldios são potenciais focos de queimadas e a nossa intenção aqui hoje é sensibilizar os representantes do setor imobiliário para que eles enquanto proprietários possam comunicar aos responsáveis e levando a nossa mensagem de responsabilização e informando do impacto que as queimadas podem causar para que eles adotem medidas suficientes [de prevenção e combate]”, explicou Agustini.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Márcio Santos, esteve presente e compartilhou que a intenção é mobilizar todo o mercado riobranquense em prol da causa. “O que queremos fazer é uma responsabilização conjunta, de todos nós, principalmente do setor imobiliário riobranquense, para tentar diminuir e extinguir isso que atrapalha o mercado, a saúde e a gente pode conscientizar os parceiros e colegas.”

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