Rio Branco, 26 de julho de 2025.

Expoacre 2025

Com palestra de Aldo Rebelo, audiência pública debate, na Aleac, cenário ambiental da Amazônia

Parlamentares e representantes do setor produtivo lotaram a Aleac: Foto Luís Oliveira/Portal Acre

Com o intuito de debatar a legislação ambiental e viabilizar a construção de um plano de desburocratização que pode beneficiar os produtos rurais embargados no Acre, a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) sediou, nesta sexta-feira, 25, uma audiência pública que contou com a participação de deputados, representantes do governo e do jornalista e ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo.

Convidado como palestrante, a presença de Rebelo buscou disseminar conhecimentos sobre a região Amazônica e suas políticas e contribuir para a pauta. Em entrevista à imprensa, o vice-presidente da casa legislativa, deputado Pedro Longo, destacou que as contribuições do ex-ministro, que também já foi deputado federal, são essenciais para apresentar melhorias ao cenário atual.

“O esforço que nós estamos fazendo aqui na Assembleia Legislativa é de ouvir as diversas opiniões, é provocar o contraditório. O Aldo Rebelo é talvez, hoje, um dos principais estudiosos da na região amazônica. Ele enfrenta e discute temas que nós também temos que enfrentar, que é compatibilizar a preservação com o desenvolvimento, com a melhoria dos indicadores sociais, com o direito das pessoas produzirem, das famílias progredirem. Esse é o nosso papel aqui na Assembleia. […] Quando a gente oportuniza para a nossa população a presença de Aldo, é uma forma de enfrentarmos esse debate e de permitir que opiniões diferentes também sejam ouvidas”, destacou.

Vereador Pedro Longo destaou que é importante ouvir as diversas opiniões para buscar uma saída: Foto: Luís Oliveira/Portal Acre

Aldo Rebelo reforçou que é possível unir desenvolvimento e proteção ambiental.

“Nós estamos aqui no Acre, que é um estado que busca combinar essas duas necessidades, que é a proteção do meio-ambiente e a proteção do desenvolvimento, porque o Brasil não pode sacrificar o meio ambiente no altar do desenvolvimento e nem abdicar do desenvolvimento em função do meio ambiente. O mundo inteiro precisa combinar essas duas coisas e o Acre também pode combinar”, acrescento.

O estudioso relatou que a visão de que as duas pautas são distintas é extremamente prejudicial para a região amazônica e que é a verdadeira ameaça é a falta de ações para a população. “O problema é que tem muita gente que acha que isso não é possível. Que é preciso, de fato, imobilizar e congelar a Amazônia e o Acre, e que o desenvolvimento será sempre uma ameaça. A falta de saneamento, de saúde, de hospitais, de infraestrutura, de rodovias, de ferrovias, é que é uma ameaça”, disse.

A vice-governadora Mailza Assis esteve presente e compartilhou que o momento é de construção de um projeto que proteja as florestas e, acima de tudo, as pessoas. “Nós sabemos da nossa legislação, que precisa proteger florestas, mas acima de tudo, proteger pessoas. Estamos abertos para essa discussão e vamos fazer um trabalho em conjunto, considerando todos os participantes, todos os interessados nessa construção, para que a gente encontre uma saída. Uma saída para o desenvolvimento e preservação das nossas florestas”.

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