
A medição diária do Rio Acre torna, a cada dia, o cenário do nível baixo do manancial mais preocupante. Nesta terça-feira, 22, o nível é de apenas 1,61m, um dos mais baixos já registrados para o período.
O cenário é ainda mais desafiador ao lembrar que a data atual não representa, nem de longe, os dias mais críticos do Rio Acre, já que a época mais complicada é entre os meses de agosto e setembro.
“É muito preocupante, sim. Veja bem, nós estamos com o Espalha, que é um afluente do Rio Acre importante, ele está com 31 centímetros. O Rio Acre em Brasileia está com 90 centímetros. Outra coisa, hoje é 22 de julho, e temos uma das piores marcas dos últimos anos. Então, a gente vai enfrentar ainda pela frente, dois meses muito complicados, que é agosto e setembro. Nós estamos com uma média de 2 centímetros a menos a cada dia, pode ser que passe a diminuir um centímetro por dia, mas se você imaginar que ainda temos 90 dias de seca pela frente, é assustador”, afirma Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal.
Falcão faz um alerta importante sobre o abastecimento de água na capital acreana. Em sua opinião, é preciso agir para buscar uma segunda alternativa para levar água aos lares na capital acreana.
“A gente tem que abastecer cerca de 140 mil domicílios com água e temos que tirar do Rio Acre algo em torno de 1,6 mil litros de água por segundo. A cada ano, o manancial vem demonstrando sinais piores e tem aquela previsão de chegar em uma cota zero. Precisamos agir, recuperar um rio desse é muito difícil, então o que eu digo é que nós temos que pensar numa segunda alternativa de abastecimento de água para a população”, explica o coordenador da Defesa Civil.