Por Sawana Carvalho

Em tempos de tantos desafios sociais, educacionais e familiares, proteger a infância se torna não apenas uma prioridade, mas uma responsabilidade coletiva.
A formação integral de uma criança depende de um tripé sólido: família presente, escola comprometida e atuação efetiva dos órgãos públicos.
A família, como primeiro espaço de afeto e formação de valores, é insubstituível. É ali que a criança aprende o que é cuidado, limites e convivência.
Mas muitas vezes, a realidade impõe barreiras: trabalho excessivo dos pais, ausência de estrutura, ou mesmo desconhecimento sobre os direitos e deveres da infância.
A escola, por sua vez, é muito mais do que um lugar de ensino. É um ambiente de convivência, socialização e oportunidades.
Professores atentos podem ser os primeiros a perceber sinais de negligência, abuso ou dificuldades emocionais. Por isso, a parceria entre escola e família deve ser constante — e não apenas nas reuniões de boletim.
Já os órgãos públicos têm a missão constitucional de garantir os direitos da criança e do adolescente, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Saúde, educação, segurança alimentar, cultura e proteção são áreas onde o Estado precisa atuar com políticas públicas claras, acessíveis e eficazes. Conselhos tutelares, CRAS, CREAS, secretarias municipais e estaduais devem funcionar como uma rede integrada, pronta para acolher e agir.
Mais do que nunca, é preciso unir forças.
Não é possível educar e proteger uma criança isoladamente.
Quando escola, família e poder público caminham juntos, criam um ambiente seguro e saudável para que cada criança cresça com dignidade, afeto e oportunidade.
A infância não pode esperar. É no presente que se constrói o futuro.
Sawana Carvalho
Advogada, especialista em Gestão Pública e especializando em Direito Educacional.