
Em meio às reuniões e votações dos projetos de lei apresentados na Assembleia Legislativa do Estado do Acre nesta quarta-feira, 9, a frente sindical se reuniu em frente à entrada do Salão Azul para reivindicar que a proposta de redução dos duodécimos dos poderes que, atualmente, representa 25% da receita líquida do estado, fosse levado a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Além disso, os sindicalistas pedem a revisão do Reajuste Geral Anual (RGO), que garante que o salário do servidor público não perca valor por conta da inflação.
O presidente do Sindicato dos Engenheiros, Cláudio Mota, explicou que o apelo é para que os deputados encaminhem a proposta e ajudem a beneficiar a causa dos servidores. “A gente está apelando, mais uma vez, que eles mandem essa proposta e que esse desgaste fique entre os poderes. Nós, servidores, queremos ajudar o estado do Acre a ser beneficiado e não só uma tela minúscula da população esteja controlando 25% da receita líquida”, disse Mota.
Cláudio Mota acrescentou que o debate viabiliza a retirada do Acre de uma “mordaça econômica” e amplia a discussão para todos que necessitam. “Um dos debates que vai entrar agora é a emenda para o RGA, para que ele seja garantido ano após ano, e nós sabemos que isso gera um desgaste, mas nós estamos querendo sim debates mais profundos para poder tirar o Acre dessa mordaça econômica, onde pouquíssima gente está ganhando muito. Todo mundo vai ter que sofrer mesmo, porque os servidores já estão sofrendo há muito tempo”, concluiu.
Segundo o presidente da Aleac, Nicolau Júnior, a Aleac sempre se manteve aberta às discussões e acolheu os sindicatos e suas pautas com carinho e respeito, mas reforçou que projetos que envolvem questões financeiras dependem do Governo do Estado.
“Essas discussões estiveram acontecendo ao longo do tempo e nossos servidores foram muito bem recebidos e continuarão a ser bem recebidos, mas depende muito do Governo do Estado e o governo está acima do limite de responsabilidade fiscal, então não há condições de realizar nenhum novo reajuste”, explicou Nicolau Júnior.