Rio Branco, 8 de julho de 2025.

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“Me deixou com síndrome do pânico”: Influenciador acreano denuncia experiência traumática ao ser proibido de embarcar em voo da Latam em Guarulhos

Acreano se revoltou no Aeroporto de Guarulhos ao não conseguir embarcar: Foto reprodução

O influenciador acreano e estudante de Relações Internacionais, Lucas Dourado, usou as redes sociais na última semana de junho para relatar uma experiência negativa com a companhia aérea LATAM Airlines. O jovem embarcou em um voo com Destino a Foz do Iguaçu, todavia, o avião não finalizou o trajeto e retornou para São Paulo e os passageiros foram obrigados a desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, sem qualquer acolhimento. Dourado viajava à trabalho.

“Quando pousamos, era por volta de 19h e já recebemos a notícia de que não iríamos mais para Foz do Iguaçu. Eu olhei [no site da companhia] e vi que havia um voo às 23h. Com isso, no dia 26, eu fui até o guichê e falei que queria ir neste voo. A atendente falou que não tinha vaga, mesmo no site mostrando que havia 20% das vagas do avião”, explicou Lucas Dourado.

Além da recusa dos funcionários em realizar o embarque, o estudante relata que a atendente foi mal educada e não demonstrou preocupação com as pessoas afetadas pela ocorrência. “Ela se virou ‘pra mim e disse que se eu quisesse voar às 23h e se meu compromisso era tão importante assim, que eu comprasse uma nova passagem no valor de R$ 4.600”, disse o estudante.

A realocação sem custo adicional é um direito do passageiro, todavia, a solicitação foi negada ao estudante. Lucas Dourado chegou a se dirigir a loja da Latam para confirmar o número de vagas, verificando que ainda haviam três. Ao se dirigir a uma funcionária, foi informado de que não poderia escolher entre as vagas. “Ela disse que aquelas vagas não eram minhas e que meu voo seria no dia seguinte, às 19h. Mas meu compromisso era de manhã”, relata.

Lucas Dourado foi direcionado a um hotel e conseguiu remarcar o voo para as 11h da manhã no Aeroporto de Congonhas.

“Saí do hotel às 7h e fui para Congonhas, e quando cheguei lá, minha passagem tinha sido cancelada, não existia passagem. Voltei para Guarulhos sem o bilhete no meu celular e quando cheguei lá, havia uma passagem marcada para às 12h40, mas a passagem não valia. Procurei uma atendente para emitir uma nova e liguei para o SAC, que me enviou uma passagem, mas eu estava em Guarulhos, indo para Foz do Iguaçu, e o SAC emitiu uma passagem Brasília-São Paulo. Totalmente perdidos”, reiterou.

O estudante tentou embarcar novamente pela tarde, às 16h, mas foi impedido com a justificativa de que o embarque estava encerrado. Em imagens feitas por Lucas Dourado, é possível ver que após o anúncio, alguns passageiros foram embarcados. Ao questionar o porquê da diferenciação entre os passageiros, um dos funcionários afirmou “não querer autorizar o voo”.

“Ele disse que eu não iria no voo porque ele não queria. Foi nessa hora que eu pensei “isso não existe” e liguei para minha advogada. [..] Foi uma humilhação, eu chorei, pedi, implorei, porque eu tinha um compromisso e ele estava ali me dizendo que tudo aquilo estava acontecendo porque ele não queria”, acrescentou.

Dourado explica que ao tentar entrar em contato com a Latam, de forma direta, foi informado de que a empresa estaria encerrando as tratativas. “Fui tentar falar com o pessoal da Latam para remarcar meu voo e eles falaram que a Latam estava encerrando as tratativas comigo, que não havia mais nada para resolver comigo e que o bilhete não valia mais. Ele falou: ‘pela Latam você não voa mais’, mas quando entrei em contato por telefone, falaram que não era nada disso, que meu bilhete estava válido.

Depois da ocorrência, Lucas Dourado conseguiu voar para Congonhas com destino à Foz do Iguaçu. O jovem, que sofre com ansiedade, disse estar em um estado depressivo e extremamente abalado pelo estresse causado. “Foi bem humilhante e eu espero que isso não aconteça nuca mais. Eles não podem obrigar pessoas a comprar passagens de quase R$ 5 mil reais, só porque a pessoa tem um compromisso.”

Em conversa com o Portal Acre, Lucas Dourado informou que foi impedido de formalizar a denúncia e que segue sem qualquer tipo de respostas da Latam ou de qualquer pessoa envolvida no caso. “Eu gostaria que a Latam preparasse melhor os seus funcionários e fosse responsabilizada por todo o dano moral e traumas que me causou. Estou com crise de pânico”, compartilhou.

A Latam foi procurada pela reportagem, mas informou que não comenta processos judiciais em andamento.

Veja o vídeo:

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