Nesta terça-feira, 22, a ministra de Estado das Mulheres, Márcia Lopes, se reuniu com o governador do Acre, Gladson Camelí, para discutir sobre a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas: Etapa Sumaúma. A reunião aconteceu no Palácio do Governo, em Rio Branco.
A “Etapa Samaúma” da conferência é uma etapa regional que vai reunir delegadas se diversas delegadas de diversas etnias. Os temas que serão debatidos envolvem os eixos: Direito e Gestão Territorial; Emergências Climáticas; Políticas Públicas e Violência; Saúde; Educação; e Transmissão de Saberes Ancestrais.
Além disso, a etapa regional também vai eleger representantes para a etapa nacional em Brasília. Na reunião desta terça-feira, a ministra conversou, além do governador do estado, com autoridades locais para construir um diálogo e combater a violência contra as mulheres.
De acordo com a ministra, é satisfatório saber os todos os municípios do estado vão participar da etapa estadual.
“Depois de 10 anos sem conferência, nós realizaremos a 5ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres. E antecedendo essa conferência, acontecem as conferências municipais e estaduais. Fiquei muito feliz hoje, porque o Acre é um dos estados que vai realizar a conferência em todos os seus 22 municípios”, disse.
A ministra ressaltou que o evento será um espaço de escuta, de diálogo e de construção coletiva de um mundo melhor.
“Um mundo de paz, um mundo sem violência, um cotidiano onde as mulheres se sintam protegidas, valorizadas. E o Acre está sendo exemplo disso. Estive também aqui na Conferência Regional das Mulheres Indígenas, porque nós também teremos, no início de agosto, a primeira Conferência Nacional de Mulheres Indígenas. Foi um prazer estar aqui e gostaria de dizer que se a gente trabalha junto não há dúvidas de que os resultados são sempre melhores”, afirmou.
Conforme o governador do estado, a conferência estadual acontece no dia 11 de agosto.
“Um bom homem, ele cuida das mulheres. Então, que fique o desafio: dia 11 de agosto, vamos participar da nossa conferência estadual aqui em Rio Branco, na nossa capital, para que a gente possa, cada vez mais, diminuir as diferenças e construir um estado novo e um país cada vez mais digno”, destacou.
Segundo Camelí, é importante ver o pioneirismo do Acre em ter grande parte dos cargos de representatividade na sociedade ocupados por mulheres.
É respeitar, respeitar as guerreiras, a quem me deu a luz, quem me gerou por nove meses, que foram as mulheres. Isso é o mínimo que eu posso fazer enquanto estou como governador. Nas principais pastas, temos mulheres guerreiras que estão fazendo um grande trabalho e quem diz são as pesquisas de aprovação das secretarias a qual vocês, mulheres, ocupam os cargos”, ressaltou.
A reunião desta terça-feira contou com a participação dessas representantes, como a comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marta Renata; a secretária de Comunicação, Nayara Lessa; e a secretária de Povos Indígenas do Acre (SEPI), Francisca Arara.
As conferências tem como objetivo fortalecer a participação indígena na construção de políticas públicas efetivas para as mulheres indígenas. Para a secretária Francisca Arara, as reuniões são importantes ferramentas para a construção de políticas públicas que visem, principalmente, combater a violência contra a mulher.
“Não só contra as mulheres indígenas, mas as mulheres não indígenas. Isso precisa ser uma política permanente e está no controle dele (o governador). Futuramente ele (Camelí) pode sair, mas pode deixar um marco, um plano estadual de 10 anos para sensibilizar os homens. As mulheres nasceram para ser amadas, não para ser maltratadas. Então, eu acho que esse marco de criar um plano, desses cinco eixos que nós estamos trazendo, a saúde, a educação, a gestão territorial, impactos, os eventos extremos, é muito importante. E a gente viu o compromisso do governo federal, através da nossa ministra e também do nosso governador. Por isso, eu acho que vai sair coisas muito importantes”, enfatizou.
