
Com a chegada do recesso escolar, crianças e adolescentes intensificam os momentos de lazer e brincadeiras nas ruas, entre elas, a pipa. A atividade aparentemente inofensiva apresenta riscos graves à segurança da população, caso a linha utilizada seja passada em algum tipo de material para efeito cortante. O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), em ação conjunta com a Polícia Militar (PMAC) e Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Acre (Procon), divulgaram nesta quarta-feira, 16, um material orientativo para unir diversão e segurança.
Por meio de vídeos nas redes sociais, a soldado do 1º Batalhão da PMAC, Iriana Freire, mostra exemplos práticos do perigo que o material representa, usando a linha para cortar frutas, vegetais e até mesmo pele sintética, que se assemelha a humana. A iniciativa surgiu após inúmeros acidentes e até mesmo óbitos serem registrados na capital acreana.
“Cerol não é brincadeira. É crime e é extremamente perigoso. Pode parecer só uma linha, mas ela pode tirar vidas. Todos os anos, pessoas se ferem ou morrem por conta disso. Crianças, motociclistas e ciclistas. Nessas férias, faça com responsabilidade, se for soltar pipa, não use cerol ou linha chilena”, disse Freire.
Em outubro do ano passado, Fernando Moraes Roca Junior, de 25 anos, morreu pós ter sido atingido por uma linha com cerol na veia jugular, na região do pescoço, enquanto dirigia uma motocicleta, na região do Bairro Nova Esperança, em Rio Branco.
Além da orientação, a ação das instituições irá levar palestras educativas para as escolas, com o intuito de conscientizar as crianças sobre os riscos de utilizar a linha cortante e diminuir o número de ocorrências tanto no período de férias escolares como no dia a dia, durante todo o ano.