
Durante sua fala na sessão desta terça-feira, 12, na Câmara Municipal de Rio Branco, o vereador André Kamai (PT) repercutiu sobre os dados divulgados pelo Instituto Todos Pela Educação e que mostram que, no Acre, 44,4% das crianças de 0 a 3 anos não tem acesso à educação infantil. É o maior índice de exclusão nessa faixa etária em todo o país.
Os dados foram revelados em uma matéria veiculado na segunda-feira, 11, pelo Jornal Nacional. Quase três mil crianças aguardam por uma vaga em creches no estado acreano. Segundo o parlamentar, os dados mostram que, ao longo dos últimos anos, não houve prioridade na área de construção de novas creches, escolas e aberturas de novas vagas.
“Nós tivemos um período importante de 2012 a 2019, onde a gente cresceu o número de vagas. Nós saímos de um número de mil e poucas vagas para mais de 5 mil vagas de creches só em Rio Branco. E depois de 2018, esse número decaiu. Foi diminuindo. E hoje a gente está com esse número estabilizado em menos de 5 mil. Ou seja, nós não tivemos prioridade nessa questão que é fundamental, a educação infantil. E a creche é a garantia, além do cuidado das crianças, também do suporte para as mães que precisam desse serviço para trabalhar, para poder desenvolver outro serviço e cuidar dos seus filhos”, afirmou Kamai.
De acordo com o vereador, a cobrança é que a prefeitura dê prioridade a essa demanda.
“Vemos a prefeitura muitas vezes comemorando que usou recursos próprios para construir, por exemplo, um viaduto, quando naquele viaduto nós temos empilhado ali, naquele monte de concreto, pelo menos pelo valor, quatro creches que poderiam ter sido construídos na cidade de Rio Branco. É uma questão de prioridade, de escolha. Nós estamos pedindo aqui para que o prefeito, a partir de agora, escolha cuidar das pessoas ao invés de fazer obras que são mero simbolismo na cidade”, disse.
Outra reportagem veiculada a Rede Globo, foi no Jornal Hoje também desta segunda-feira, 11. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação reconheceu a falta de vagas e afirmou estar construindo novas unidades para suprir essa demanda.