Rio Branco, 13 de agosto de 2025.

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Clendes Vilas Boas chora, rebate acusações de assédio e afirma ser alvo de ataque orquestrado: “Assassinato de reputação”

Clandes relatou que registrou Boletim de Ocorrência e vai processar quem o acusou: Foto Luís Oliveira

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 13, no auditório da Prefeitura de Rio Branco, o superintendente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans), Clendes Vilas Boas, Clendes Vilas Boas, se pronunciou e rebateu as acusações de assédio feitas pela ex-servidora do órgão, Marília Rodrigues.

As acusações do suposto assédio moral e sexual foram levados a tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco pelo vereador Eber Machado (MDB). Nesta quarta-feira, 13, Marília compareceu a casa legislativa para relatar aos parlamentares sobre as possíveis situações de assédio. Os vereadores declararam que iriam elaborar um documento a ser entregue ao Ministério Público do Acre, solicitando uma investigação formal.

Com a repercussão dessa situação, Clendes negou, durante a coletiva de imprensa, todas as acusações do suposto assédio. O superintendente afirmou ainda ter a “ficha limpa” e disse ser vítima de uma “quadrilha” que estaria tentando destruir sua reputação e tirá-lo do cargo por motivações políticas.

“Eles querem me matar, querem assassinar, fazer um assassinato de reputação. Eles querem que eu saia da RBTrans como se eu fosse um cachorro, um bandido. São bandidos atacando um homem de honra. Poxa, se quer meu cargo, pede que quer me substituir, quer ir para o meu lugar”, declarou Vilas Boas.

O superintendente afirmou também que nunca respondeu a processos e que mantém uma boa relação com toda a comunidade e servidores. 

“A imprensa inteira tem um bom relacionamento comigo, a comunidade inteira de Rio Branco, as onze regionais, incluindo a zona rural, tem um bom relacionamento comigo. Eu nunca respondi um crime, eu nunca assediei ninguém, eu nunca cometi nenhum crime do qual eles estão apontando”, disse.

Clendes também questionou o motivo de Marília não ter registrado uma denúncia formal na Polícia Civil, durante o período que esteve no órgão.

“Cadê essas vítimas? Cadê essas vítimas? Olha, se uma senhora que diz que é influenciadora, que trabalhou na RBTrans se sentiu prejudicada, como é que ela não denunciou na delegacia? Como é que ela não foi na delegacia? Era para ela ter ido na delegacia. É estranho isso, sociedade. Olha como é que isso é estranho”, afirmou.

O superintendente também foi questionado sobre a venda de perfumes no órgão, o uso de veículos institucionais e sobre cultos religiosos no ambiente de trabalho. Segundo Clendes, ele atua como distribuidor de uma marca de perfumes e, em seu tempo livre, realiza entregas, sem vínculo com a instituição. Além disso, a renda seria para custear tratamentos de saúde pós AVC.

“O perfume chega para minha casa e, na hora de folga, eu entrego para as pessoas. Eu não vendo perfume na RBTrans. Faço isso para cuidar da minha vida e custear meus tratamentos de saúde”.

Quanto ao uso de veículos institucionais, Clendes negou qualquer utilização pessoal. Já sobre os cultos, ele confirmou que são realizados, porém, antes do horário de expediente.

“Todas as segundas-feiras antes do expediente, temos um devocional. A participação é voluntária, respeitamos todas as religiões e não há qualquer perseguição a quem não participa. É um momento de oração e comunhão para quem deseja”, disse.

Sobre a suposta pressão política para apoio do então candidato João Marcos Luz, atual secretaria de Assistência Social, o superintendente negou favorecimentos e explicou que orienta os servidores a agir com sensatez, aplicando a lei com modelo e sem prejudicar cidadãos ou colegas de trabalho.

“Qualquer candidato que entra na repartição pública para distribuir santinhos está cometendo crime eleitoral. Eu nunca pressionei ninguém, oriento meus agentes a cumprir a lei com moderação, sem prejudicar cidadãos ou colegas de trabalho”, afirmou 

Se dizendo injustiçado, Clendes chorou durante coletiva: Foto Luís Oliveira

Ações judiciais

Na coletiva, Clendes também afirmou que está adorando uma série de medidas judiciais para responder essas denúncias que vêm sendo feitas contra ele. De acordo com o superintendente, já foram registrados boletins de ocorrência, além de outras representações formais, junto à Polícia Civil e Ministério Público.

“Podem ser mil queixas, vou registrar todas porque eu acredito na Justiça, eu acredito no Ministério Público e acredito na Polícia Civil do nosso estado. A verdade vai prevalecer”.

Além disso, Vilas Boas também disse que vai pedir quebra do sigilo telefônico de pessoas que considera suspeitas, para identificar a autoria de supostos ataques e perfis falsos criados nas redes sociais.

O superintendente da RBTrans também disse que vai mover processos na esfera cível por danos morais e materiais, caso seja comprovado prejuízos à sua imagem e à sua atuação como servidor devido as acusações que está recebendo.

Em um recado aos vereadores de Rio Branco, próximo ao final da coletiva, Clendes se emocionou ao se defender das acusações que está recebendo.

“Se eu mereço um lixamento público pelas redes sociais, eu quero clamar aqui o povo de Rio Branco. Se eu deixei a desejar com os senhores das comunidades, senhores líderes comunitários, eu clamo. Desculpa pessoal, ninguém é de ferro, tudo tem um limite”, finalizou emocionado.

Veja o vídeo:

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