Rio Branco, 18 de agosto de 2025.

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Cobra é flagrada no estacionamento do Tribunal de Justiça do Acre

Cobra estava debaixo de um carro no estacionamento do TJAC: Foto reprodução

Mileny Andrade (estagiária), sob supervisão de Leônidas Badaró

Na manhã desta segunda-feira, 18, uma cobra foi flagrada circulando no estacionamento do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), em Rio Branco. O vídeo do animal, que aparece próximo ao pneu de um carro, foi publicado nos stories do Instagram por uma usuária identificada como Savanna.

Para esclarecer sobre a espécie, o professor doutor Moisés Barbosa de Souza, titular do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza (CCBN), explicou que se trata de uma caninana (Spilotes pullatus), pertencente à família Colubridae.

A caninana é uma cobra não peçonhenta, de hábitos diurnos, bastante ágil e que se alimenta de anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos, caçando tanto no solo quanto na vegetação.

“A caninana é uma cobra não peçonhenta, uma das mais velozes que temos. Ela se alimenta de ratos, pássaros e pequenos animais, e muitas vezes pode ser encontrada em árvores ou até mesmo em telhados de casas”, destacou o pesquisador.

De acordo com o professor, a presença da serpente no local está relacionada às áreas de mata próximas ao TJAC, que ainda preservam espaços propícios para refúgio da fauna silvestre.

Moisés reforça que, diante de encontros com animais silvestres, a população deve evitar reações violentas.

“É importante não se assustar a ponto de machucar o animal. No meio urbano, o ideal é acionar o Corpo de Bombeiros para o manejo seguro. Já em áreas de floresta, basta deixar o animal seguir seu caminho. O grande problema é que muitas pessoas ainda matam primeiro para depois perguntar se a espécie é peçonhenta”, explicou.

O biólogo ainda destacou que, das 87 espécies de serpentes registradas no Acre, apenas 13 são consideradas peçonhentas, e somente quatro são responsáveis pela maior parte dos acidentes: duas espécies de jararaca, a surucucu-pico-de-jaca e as corais.

O professor lembra que a maioria dos encontros com serpentes não representa risco à vida humana, desde que os animais sejam respeitados e deixados em seu habitat.

Veja o vídeo:

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