
O fornecimento gratuito de fraldas descartáveis para crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um direito garantido por lei. Em Rio Branco, no Acre, o item de higiene pessoal pode ser retirado na Farmácia do Consumidor diante da apresentação do laudo. Todavia, segundo denúncia feita ao Portal Acre por uma mãe atípica, o local só distribui fraldas geriátricas, o que não atende as necessidades das crianças.
A responsável é mãe de duas crianças com autismo, de 2 e 4 anos, e relata que o programa nunca funcionou de maneira eficaz. “Nossas crianças autistas têm o direito de pegar as fraldas nas farmácias e quando pegar, é isso que eles acham que nossas crianças merecem. É uma vergonha, o Governo Federal fala tanto de inclusão, mas não coloca isso em prática. Não exigimos fraldas caras, apenas próprias para crianças”, disse.
Segundo a mãe, os representantes da farmácia sempre afirmam que “não podem fazer nada” e destaca que as fraldas são tão grandes que sequer cabem em um adulto.
“O que nos revolta é porque é sempre assim quando se trata de crianças autistas. Todo mundo acha que é só aposentar e pronto, mas não sabem nem metade do que a gente passa. São anos de espera em filas de terapia, de consulta. Nosso estado tem um descaso muito grande em relação ao autismo. É um absurdo entregar uma fralda de adulto para uma criança, é um desrespeito”, pontuou.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Governo Federal, responsável pelo fornecimento das fraldas, mas ainda não houve retorno.