
Tem político com mandato que veste a capa do “bolsonarismo” achando que isso o faz ficar mais próximo da vitória nas eleições. Mesmo no Acre, onde o PT sempre perdeu, mesmo no apogeu da Frente Popular do Acre (FPA), essa lógica nunca funcionou.
Vale lembrar que, com exceção do coronel Ulysses, que acreditou no Bolsonaro mesmo quando nem ele acreditava, os outros só entraram nessa onda após perceberem que Bolsonaro era muito bem quisto na terrinha de Galvez. Márcio Bittar, por exemplo, só depois de Bolsonaro já ser presidente do Brasil.
Roberto Duarte não conhecia Bolsonaro nem pelas redes sociais hihihi. João Marcos Luz, como dizia o Pablo Marçal, era neném, e Arlenilson Cunha estava focado em conquistar votos. Enfim, é sempre importante lembrar que esse radicalismo da turma do tal “Deus, Pátria e Família” não elege ninguém.
Aqui se elege quem tem grupo
Pegando como exemplo as eleições para vereador na capital:
Bruno Moraes: grupo dos terceirizados;
Felipe Tchê: grupo do Tchê;
Aiache: Gestão Pedro Pascoal e deputado Adailton Cruz;
Elzinha Mendonça: já era vereadora e é do grupo do Aberson de Carvalho e da deputada Socorro Neri;
Lucilene Vale: grupo do deputado André Vale;
Samir Bestene: já era vereador e faz parte do grupo do José Bestene;
Joabe Lira: grupo do prefeito Bocalom e do deputado Arlenilson Cunha;
Leôncio Castro: teve o apoio do secretário Donadoni;
Márcio Mustafá: grupo do empresário da construção civil João Paulo;
Zé Lopes: teve apoio do deputado Roberto Duarte e do senador Alan Rick;
Moacir Júnior: grupo da assessora especial do governador, Taiane Santos;
Matheus Paiva: teve apoio da presidente do Detran, Taynara Martins, e do Gerlen Diniz;
Rutênio Sá: já era vereador e do grupo do deputado Eduardo Velloso;
Dos 21 vereadores, 13 são ligados a grupos políticos e quatro já eram vereadores, portanto, montaram seus grupos e se reelegeram. Dois eram ex-deputados estaduais, um era gestor público bem avaliado e outro pegou o último suspiro da esquerda. Com isso, fica claro, quem tem pretensão de ser deputado, deve se alinhar a um grupo político.
“Oto” patamar
O governador Gladson Camelí é o único político no Acre que já provou várias vezes que está acima dos grupos: se reelegeu no primeiro turno com uma operação sobre corrupção contra ele, todos que eram aliados e se viraram contra ele, vide os irmãos Rocha, tiveram prejuízos políticos. Ou seja, com exceção do Gladson, todos estão na mesma. Ou forma um grupo político, ou fica sem mandato.
Esperava mais

Gosto do estilo centrado e inteligente de fazer política do vereador André Kamai. Mas, enquanto fazia a nota acima, me acendeu uma luz aqui. Acontece que, naturalmente, me lembrei de todos os vereadores, menos quem? Após pedir ajuda do Google percebi que quem faltava na lista era o bom e inteligente André Kamai. Daí pensei: se eu, que escrevo sobre política todos os dias tive dificuldade de lembrar, imagina a população.
Missão ALEAC
No próximo ano, a missão mais difícil dos políticos no Acre será uma cadeira na Aleac, pois o páreo será duro. Quem quiser conquistar ou manter seu espaço por lá precisará de muito apoio, dinheiro e da estratégia certa. Os deputados com mandato levam uma grande vantagem, mas para conseguir êxito nessa “parada”, o apoio dos prefeitos é crucial.
Precisa de uma boa avaliação
Para o prefeito transferir votos, ele precisa ‘tá “em dias” com a população. Temos um exemplo negativo do passado, em que o prefeito da segunda maior cidade do estado não conseguiu eleger seu candidato nem a primeiro suplente, quiçá deputado federal, que foi o caso do Ilderley Cordeiro, prefeito de Cruzeiro do Sul, e seu candidato Rudiley Estrela.
Um caso oposto
Nessa eleição, o deputado Manoel Moraes pode dormir tranquilo, pois o prefeito de Xapuri, (base política do deputado Manoel Moraes), está em alta com a população. Maxsuel tem feito uma gestão muito bem avaliada pelo povo e na política o ditado popular: “por causa do Santo se beija o altar” funciona muito. Então traduzindo: Maxsuel deve contribuir muito na votação de “Manelão”.
A quem interessar possa

O Jair Messias Bolsonaro ESTÁ INELEGÍVEL.
Tenham todos uma ótima semana e quem vive com o boné “Bolsonaro 2026”, pare de teatro que tá muito feio essa narrativa idiota e oportunista. Boa parte do cocô que o Brasil vive hoje, é por culpa desses extremistas que só pensam em se dar bem na política. E antes que venha um apressadinho dizer que aqui é esquerdista, o lado do PT também tem extremistas, é público e notório isso dos dois lados, são todos farinha do mesmo saco e banana do mesmo cacho. E o Brasil se afundando na loucura extrema desse povo sem noção.