Rio Branco, 19 de agosto de 2025.

Detran-AC

Novas denúncias de assédio moral contra Vilas Boas são apresentas na Câmara de Rio Branco

Dois servidores da RBTrans estiveram na Câmara e foram ouvidos pelos vereadores: Foto Pâmela Celina

Nesta terça-feira, 19, agentes efetivos de trânsito da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) compareceram a Câmara de Vereadores para denunciar supostos casos de perseguição e assédio moral dentro da instituição.

Devido ao acúmulo de reclamações que estão sendo apresentadas contra a atual gestão da RBTrans, os vereadores nomearam o episódio de “bola de neve”. 

A agente de trânsito e transporte, Denise Santos de Souza Alves, que foi admitida no órgão em 2018, e o colega de trabalho Jonathan Luis relataram supostas práticas de favorecimento interno, falta de condições mínimas de segurança e declarações de Vilas Boas que, de acordo com eles, colocam os profissionais contra a população.

A afirmação se baseia nas declarações feitas por Clendes, em coletiva de imprensa no último dia 13 de agosto, em que afirmou ser vítima de uma “quadrilha” que estaria tentando destruir sua reputação e tirá-lo do cargo por motivações políticas.

“Nós tivemos que passar por um mês de treinamento, depois que a gente entrou, para depois passar por esse tipo de coisa, desse tipo de situação. Nós, que estamos na rua todos os dias, nós não temos nenhum tipo de proteção. Não temos colete balístico, não temos arma ou porte de arma, não temos nem spray de pimenta.  Não há para nós nenhum tipo de proteção e ele fica jogando a população contra nós a ponto de, qualquer hora na rua, sermos cercados por alguma pessoa”, desabafou.

O colega de Denise, Jonathan complementou dizendo.

“Como eu já foi dito, ele coloca a população contra nós e contra a própria RBTrans. Eu acho isso um total conflito de interesse, já que o nosso dever é fazer com que a fiscalização aconteça. E ele alegar que a gente persegue a população, que não é a realidade. Se for verificar todo o histórico, de tudo que entra ou que não entra, com certeza vai ser percebido isso: que não existe esse negócio de perseguição dos agentes com a população. Mas uma alegação que ele faz, colocando a população contra a própria instituição dos seus agentes, isso me deixa bastante perplexo e muitos dos nossos colegas também”, afirmou.

Segundo os dois agentes, Clendes beneficia grupos específicos de servidores dentro da instituição. 

“E constando que a RBTrans não fornece nenhum tipo de proteção para a gente, a não ser para um grupo que ele protege. E esses andam sempre com policiais. Eles também têm um tipo de serviço que era para ser prestado, mas não é. A partir do momento que ele entrou, não está mais sendo prestado como devia. Eles fiscalizavam os transportes clandestinos de Rio Branco. Mas agora eles servem só de escolta para o superintendente. Ele diz que eles estão servindo. Então, eles andam com policiais junto com eles. Nós, que estamos na rua todos os dias, nós não temos nenhum tipo de proteção”, afirmou Denise.

Vilas Boas havia sido convocado para prestar esclarecimentos, mas não compareceu à sessão. Segundo a assessoria da autarquia, ele alegou problemas de saúde e estaria passando por consultas médicas.

O líder da prefeitura na Câmara, Márcio Mustafá (PSDB), reconheceu as denúncias, contudo pediu cautela para apurar os fatos.

“Eu creio que o mais importante é ouvir os dois lados. Até agora só temos especulações, fatos concretos não foram apresentados. Acredito que o Ministério Público já entrou em cena e vamos deixar a parte competente para eles. O superintendente já se retratou pelas falas infelizes, eu acho que no momento ali, realmente ele foi infeliz, mas pediu desculpas e por mim está tudo tranquilo”, disse.

O presidente da Câmara, Joabe Lira (União), enfatizou que a casa legislativa tomou as medidas necessárias ao ouvir os dois lados, mas reforçou que o Ministério Público já está fazendo a apuração dos fatos 

“O Ministério Público já está fazendo também as oitivas e cabe a ele, que é o responsável legal, fazer toda a investigação e, ao final, fazer o que a lei determina. Ao final a justiça vai prevalecer”, finalizou.

Os vereadores também protocolaram nesta terça-feira, 19, um pedido de afastamento de Vilas Boas do cargo de superintendente para proteção tanto da instituição quanto o próprio servidor até a completa apuração dos fatos. 

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