Representantes das comunidades dos ramais Santa Maria, Bonal, Progresso e outros do município de Senador Guiomard se reuniram nesta quinta-feira, 14, na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), com as comissões de Legislação Agrária, Fomento, Agropecuária, Indústria e Comércio, Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, ambas da casa legislativa, para debater as soluções nas áreas de infraestrutura, transporte, educação, produção agrícola e saúde dos moradores.
A reunião foi presidida pelo deputado estadual Adailton Cruz (PSB) e contou com a participação do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre).
Durante a reunião, Adailton Cruz reforçou que sua participação na pauta, mesmo não estando ligado às comissões, é motivada por ‘vínculos familiares e comunitários’ e o apoio a causa dos trabalhadores rurais. Na oportunidade, o parlamentar destacou a e emenda de mais de R$ 400 mil destinadas à associação local.
“Estamos acompanhando de perto e fazendo o que é possível para ajudar. Quero deixar minha solidariedade à prefeita, que enfrenta problemas de saúde, e reforçar que nossa presença aqui não tem problema político, mas sim de ouvir e buscar soluções”, pontuou o deputado.
O representante do Ramal do Progresso, localizado no km 75 da estrada de Boca do Acre, Ramon, esteve presente na reunião e elencou os problemas de sua comunidade, pontuando problemas relacionados a questões sanitárias e casos de malária, estruturais, problemas de seca, entre outros. “No século em que estamos vivendo, ainda enfrentamos uma grande epidemia de malária. Eu mesmo já tive a doença várias vezes nos últimos sete anos, e isso tem feito nossa população sofrer. Precisamos de um apoio mais forte para combater essa situação”, disse.
Os presentes reivindicaram que o trabalho seja amplo e de qualidade, com atenção especial às pontes e de forma definitiva. Silmar, do Ramal 52, citou as dificuldades enfrentadas pela comunidade e também citou as dores dos moradores dos ramais 55 e 58, em Boca do Acre.
“Nós, moradores, tivemos que nos reunir e pagar com recursos próprios para passar uma máquina no verão, amenizando os buracos. Mas as pontes e bueiros continuam em péssimas condições”, afirmou. Ele também alertou para o risco iminente de acidentes, especialmente durante o transporte de crianças. “Tem ponte que, se não tiver uma ação imediata, vai impedir a passagem e colocar vidas em risco. Há bueiros com mais de 40 anos de uso, como no Ramal do Guimarães, que já não suportam mais e precisam ser substituídos urgentemente”, reforçou.
A porta-voz do Deracre, Leidiane Silva, explicou que algumas localidades ficaram de fora do cronograma da Operação Verão 2025 por conta da parceria com as prefeituras, já que o serviço de mão de obra é de responsabilidade dos municípios e a atuação do Deracre limitada ao fornecimento de maquinário e combustível.
Leidiane Silva sugeriu a formalização das reivindicações por meio de um ofício para que possa ser agendado uma reunião com a presidência do órgão para verificar os caminhos para incluir as comunidades no calendário de obras do Deracre.
