
Mais de 300 pessoas prestigiaram a abertura da Conferência Estadual do PCdoB, que aconteceu na noite da última sexta-feira (19/9), no auditório da Fecomércio, em Rio Branco. O ato contou com a participação de lideranças do PT, MDB, PV, PSB, Rede Sustentabilidade e do PSD.
O presidente estadual do PCdoB, Eduardo Farias, abriu a Conferência. Ele destacou que todos os partidos presentes têm algo em comum: o desenvolvimento do Acre.
“É importante essa fotografia aqui. O que nos une é um Acre livre, democrático e um Acre que tenha um desenvolvimento. Um Acre que gere emprego, um Acre que pare com êxodo que estamos vivendo, com jovens indo buscar outros espaços porque não tem espaço aqui. Aqui estão os partidos que pensam no Acre e é por isso que estão aqui. É isso que o PCdoB está propondo, uma Frente Ampla, uma Frente que garanta a continuidade do governo Lula”, disse Eduardo Farias.
Logo após a fala de Farias, Adalberto Monteiro, que representa a direção do PCdoB nacional, trouxe “um abraço afetuoso” da presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, que também é ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.
“O Brasil se defronta com dois grandes desafios. O primeiro grande desafio é batalharmos por uma nova vitória de uma ampla frente, liderada pelo presidente Lula, em 2026. Isso é decisivo e imediato para o futuro do Brasil. O segundo grande desafio é batalharmos por mudanças estruturais que removam os obstáculos que estão travando, impedindo que o desenvolvimento e o progressos social deslanche na nossa pátria”.
Já o deputado Edvaldo Magalhães ressaltou o crescimento do PCdoB fez uma breve análise da conjuntura política nacional e estadual. O parlamentar lembrou, ainda, o trabalho da Apex-Brasil, liderada pelo acreano Jorge Viana, para a abertura de novos mercados para os produtos brasileiros, diante do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Nós nunca tivemos um ataque tão descarado, tão aberto, tão acintoso à nossa soberania nacional do que está ocorrendo com esse presidente Trump, articulado pela família dos ex e agora dos condenados. Coube ao Jorge dirigir um órgão, num momento em que o Brasil foi colocado na parede, a Apex que faz esse trabalho, o Jorge cumpre um grande papel. Eles [Estados Unidos] não querem comprar, nós temos para onde vender. Os conservadores do Brasil começam a descobrir quem são os verdadeiros traidores da pátria. Àqueles que se diziam patriotas estão tramando contra o Brasil. Patriotas somos, nós, os defensores do desenvolvimento, da democracia e da soberania”, frisou.
A ex-deputada federal Perpétua Almeida defendeu uma candidatura ao governo do Acre em 2026. Ela pontou que é preciso confrontar o governo que está comandando o Palácio Rio Branco, apresentando uma nova alternativa ao povo acreano.

“Só tem um jeito da gente ajudar mais o Lula: é a gente montar um palanque forte para o presidente Lula aqui, porque nós temos gente para disputar o governo. Porque se nós não colocarmos um palanque para disputar o governo do Acre, nós vamos estar dizendo para o povo do Acre que está tudo bem o que o Gladson está fazendo. Será que está tudo bem? A Educação do Acre ter descido 20 posições, saindo da 7ª posição para a 27ª, o pior índice da Educação”, ressalta.
Durante a abertura da conferência, o PC do B recebeu a presença de representantes de outros partidos como PSD, Partido Verde, PT, PSB, Solidariedade e MDB.
O presidente do MDB do Acre, ex-deputado estadual Vagner Sales destacou a atuação do deputado Edvaldo Magalhães na Aleac: “Eu digo sempre para a minha esposa, que é deputada estadual: ‘o Edvaldo me representa naquela Assembleia Legislativa’. A nossa convivência com o PCdoB sempre foi muito próxima. Tivemos uma história no passado que confundia o MDB com o PCdoB neste estado. O PCdoB está no tamanho normal hoje, mas tem pessoas sérias e direitas. Tenho certeza que vai crescer, principalmente nessas eleições”.
Reeleição de Lula é prioridade para barrar o golpismo
André Kamai, presidente do Partido dos Trabalhadores, afirmou que é preciso reeleger Lula em 2026 para barrar a sanha golpista, além de punir os que atentam contra a democracia. Ele pontuou, ainda, que é preciso um programa para o Acre.
“Esse golpe, a gente só vai vencer ele se garantirmos que os golpistas serão punidos pela tentativa de solapar e se a gente vencer nas urnas eles também em 2026. Essas são etapas que a gente precisa cumprir”, disse ao falar também sobre o Acre: “Faço um desafio. Se alguém apontar uma só área desse governo [Gladson Camelí], que avançou, eu paro de fazer qualquer crítica. Avançou de onde eles pegaram. Não avançou nada. Só ficou para trás. É por isso que nós temos que fazer a luta para apresentar um novo programa para o Acre, para disputar o governo, a Assembleia, a Câmara Federal e o Senado.
PEC da Blindagem
César Messias, presidente estadual do PSB, criticou duramente a aprovação da PEC da Blindagem, que contou com votos de 7 dos 8 deputados federais do Acre. “Sete parlamentares do Acre. Sete, gente, votaram a favor de se esconderem atrás de um manto preto para não mostrar a sua cara na hora da votação e se esconderem dos seus eleitores dos crimes que possam vir fazer. De esconder da sociedade para onde foram as emendas PIX. Então, temos que levar isso para fora, para discutir com a sociedade, se é essa a representatividade que a gente quer na Câmara Federal”, pontuou.
Jorge Viana faz críticas ao governo estadual
O ex-senador, presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana foi o último a falar. Disse que “o Acre está muito mal”. O Brasil está crescendo pelo terceiro ano seguido. Vai crescer mais que 3%. O emprego é pleno e o desemprego é o mais baixo de todos os tempos. Eu estou falando tudo isso do Brasil andando. Gente, o Lula está inaugurando o Minha Casa Minha Vida por todos os estados. Só aqui que não tem o que inaugurar. E mais recentemente, começaram a fazer algumas casas porque não tinha mais jeito, tinha que começar a fazer, com 100% de recursos federais. Então, eu acho muito ruim, o nosso Acre está vivendo isso. E eu acho que soma mais essa mazela, essa dor, que vai de dentro das florestas, dos rios, às vilas, é quando 40 mil irmãos nossos vão embora para tentar a melhor sorte noutro lugar. É muito triste ver isso”.