Em cerimônia realizada nesta segunda-feira, 8, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou duas ordens de serviço para a construção de pontes em concreto pré-moldado nos ramais Quixadá e Calafate. As obras possuem investimentos de pouco mais de R$ 1 milhão e visa trazer melhorias para os produtores da região.
A cerimônia de assinatura foi realizada no Ramal da Piçarreira, sob o Igarapé Martins, na região do Calafate. De acordo com Bocalom, a construção das pontes representa desenvolvimento para a população que mora na localidade.

“Para mim é o direito de ir e vir. De poder levar a pessoa quando está doente, para que as crianças das escolas possam passar, para que possa tirar a produção e ter renda para a família. Isso é dignidade, é verdadeiramente o desenvolvimento humano. Então, eu estou muito feliz na nossa gestão, em pouco mais de 4 anos, nós conseguirmos fazer 5 pontes”, detalha o gestor da capital acreana.
Com essas duas obras, a prefeitura totaliza cinco pontes construídas. Segundo o prefeito, as novas pontes estão sendo feitas com recursos da próprios da prefeitura.

“Não tem um centavo de Governo Federal nessas duas que eu estou autorizando. Mas, nas outras duas que estamos terminando: do ramal Redenção e do Caipora, estão com emendas federais, porém a maioria do recurso é da prefeitura. Nós estamos mostrando que quando cuidamos bem do dinheiro público, aplicamos bem, o dinheiro produz muita coisa. E, principalmente, criamos as condições para que o homem do campo possa produzir, ganhar dinheiro. Isso gera emprego e renda. E para isso nós temos que criar as condições que são essas: ramais para poder escoar a produção. Nós sabemos que não vai resolver tudo, mas é o que podemos fazer, porque nunca se fez tanto como antes”, disse.
O secretário Municipal de Agropecuária (Seagri), Eracides Caetano, explicou que as construções devem ser feitas em cerca de 30 a 45 dias.

“Porque ela é pré-moldada. Vai ser feita no galpão e já vai trazer prontinha, coloca aqui e a gente faz o aterro das cabeceiras. Ela é com contenção e já vem pronta. Não se faz nada aqui, se faz tudo na indústria. Na realidade, hoje nós estamos fazendo cinco pontes de concreto e aço. Temos 89 pontes de madeira, que a gente fez durante essa gestão. Temos também mais de 35 pontes que foram feitas em parceria com os produtores, eles oferecem a madeira e a gente o combustível, o prego e a mão de obra para montar essas pontes. Então, tem quatro anos que estamos trabalhando com as pontes nos ramais”, destacou o secretário.
O secretário adjunto de Infraestrutura e Mobiliadade Urbana (Seinfra), Paulo Henrique, a previsão é que a obra seja executada de forma rápida.
“O que demora é a cura do concreto, que tem que passar mais de 20 dias depois da sua aplicação. Então, nesse período que ele estiver aplicado na cura, não poderá ter trânsito em cima das pontes. Mas é uma obra rápida de até 45 dias. As pontes são pré-moldadas por conta das peças que vêm no molde, existem as perfurações da estaca para fixação das cabeceiras, é feita toda a armação dela para a concretagem. Tudo é feito com formas, só colocando o concreto com as betoneiras e dessa forma é feita a concretagem”, explicou.
O produtor Osmar Rodrigues, de 53 anos, é um dos moradores do Ramal da Piçarreira. Com a nova ponte, o produtor acredita que a vida da polícia da região irá melhorar, principalmente na época do inverno amazônico.
“Essa ponte vai melhorar muito a nossa vida aqui dentro. Principalmente para nós que sofremos muito aqui, principalmente no inverno, em relação à ponte e também nos ramais. E construindo essa ponte fica até mais fácil de quando a máquina vier para a gente arrumar poder passar. Porque sem a ponte nem a máquina passa. Então, a gente sofre muito aqui, principalmente no período do inverno. Com a ponte o acesso vai ficar de inverno a verão”, afirmou.
Edmar de Lima, de 57 anos, mora na região há 38 anos. Conforme o produtor, a ponte atual, feita de madeira e que está bastante deteriorada, foi construída pela próprios moradores há cerca de 3 anos. Para Edmar, a nova construção, com a estrutura em concreto, também será útil para as próximas gerações.
“Eu creio que com essa ponte feita acabou o problema dos colônos daqui, porque vai ser uma ponte ficar para os netos, bisnetos e tataranetos. E vai ficar muito bom. Você vai produzir e sabe que vai tirar, não vai estragar seu produto. A gente espera só isso”, enfatizou.