Este colunista encarou, pela primeira vez na vida, uma viagem de ônibus de Rio Branco até Cruzeiro do Sul. É algo desumano. Foram 18 horas em um trajeto marcado pela falta de respeito com a população do Juruá. Nem falo deste escriba que foi a trabalho e está com a saúde em dia. Mas, falo de crianças, idosos, pessoas com dificuldades motoras que são obrigadas a encarar quase um dia inteiro em uma viagem de pouco mais de 600 quilômetros.
Culpa na empresa de ônibus
Para piorar a situação, dois pneus do ônibus “estouraram” entre Sena Madureira e Manoel Urbano. A primeira vontade que vem na cabeça e no coração é “meter o pau” na empresa detentora da concessão. De fato, o serviço é ruim e a passagem é cara. Mas, quem, em sã consciência, pode cobrar que sejam colocados ônibus novos em uma estrada naquelas condições?
Recuperação está atrasada, mas ainda tem tempo
Infelizmente ainda não temos o cenário que todo morador do Juruá sonha que é o trecho repleto de máquinas e trabalhadores atuando na recuperação da estrada federal. Por mais que o Governo Federal já tenha garantido os recursos, a burocracia atrasa e atrapalha o que deve ser feito logo, já que se o verão passar, perdemos a chance de recuperar a estrada. No entanto, as informações são de que nos próximos dias, o serviço deve ser acelerado. Com setembro e outubro sem chuvas ainda tem tempo de melhorar as condições para não correr o risco da estrada “fechar” no período chuvoso.
Reconstrução é um sonho distante
Que a BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul precisa, em boa parte de sua extensão, ser reconstruída não se tem nem dúvida. Mas, se para uma simples operação tapa-buraco a situação é tão difícil, imagina sua reconstrução. Que seja feito pelo menos o trabalho paliativo.
Thor Dantas e a “lapada” em Márcio Bittar
Não tem como não bater palmas para a “lapada” que o médico Thor Dantas deu no Senador Márcio Bittar por conta de declarações contra vacina. A desinformação é algo que mata e o uso político contra a ciência é inaceitável. Já disse e repito, Bittar é hoje o político com mais poder de articulação no Acre, mas a defesa cega que faz de tudo que Bolsonaro diz é cansativa e oportunista demais.
“Namoro” de Alan Rick com Republicanos de Duarte tá rolando
Se vai dar em casamento, não se sabe, mas que o deputado federal Roberto Duarte fica com os olhos brilhando quando se fala da possibilidade de Alan Rick disputar o governo pelo seu partido, o Republicanos, é verdade. Em entrevista a este colunista durante o Festival da Farinha em Cruzeiro do Sul, Duarte, esperto que é, já disse que seu partido apoia a candidatura de Alan seja qual for o partido que ele vá concorrer.
Rick em “cima do muro”
Duarte e Rick cumpriram agendas juntos no Juruá, mas na hora de dizer “sim”, Alan tem sido cauteloso. Sabe que vai enfrentar a máquina poderosa do governo no ano que vem e a decisão do partido que vai disputar é estratégica. O favoritismo pelo “coração” do Senador é entre Republicanos e MDB.
Nem Mazinho e nem Padeiro
Foi sentida, no Festival da Farinha, a ausência de duas figuras políticas que aparecem em tudo que é evento. Se tem festival, exposição, feira, churrasco, aniversário de criança, velório ou batizado, é comum aparecer, como quem não quer nada, o ex-prefeito de Sena Madureira e pré-candidato a deputado federal, Mazinho Serafim, e o prefeito Padeiro, de Bujari. Pronto, aí o ponto negativo do evento em Cruzeiro do Sul hehehehehe
Coisas da política do Acre
Povo da língua grande não me deixa em paz. Leitor linguarudo manda a seguinte mensagem: “Badaró, o Vagner Sales dizer que nunca comprou um voto é a mesma coisa do Jorge Viana dizer que nunca deu um “carão” em um secretário quando era governador, o Carlinhos do Pelado, prefeito de Brasileia, dizer que nunca tomou uma cerveja, o Mazinho Serafim dizer que nunca brigou com ninguém, o Bocalom dizer que não é candidato ao governo e a Naluh Gouveia dizer que não tem vontade de voltar à política”. Deus me defenda desse povo hihihihihihihi
Cruzeiro e a farinha
Um dos diferenciais da população de Cruzeiro do Sul é o orgulho que as pessoas da região têm em dizer que são da “terra da farinha”. Impressiona como, além da farinha ser um componente importante para a economia do município, a cultura está “enraizada” na vida dos moradores. Isso é muito bacana.
Talentos do Juruá
Outra coisa que chama a atenção em Cruzeiro do Sul é o talento artístico do povo do Juruá. Na terra que nos deu Alberto Lôro (in memorian) e Alberan Moraes, impressiona a qualidade dos cantores locais que subiram ao palco durante o Festiva da Farinha. Povo manda bem demais. Ponto positivo para o prefeito Zequinha Lima. Durante o evento, mais 100 artistas locais puderam se apresentar.
