
O sistema prisional do Acre foi tema de um intenso debate na sessão desta terça-feira, 9, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Com a presença de representantes do Sindicato dos Policiais Penais (SINDPOL/AC), parlamentares fizeram críticas à atual gestão do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), que tem o comando do delegado Marcos Frank.
Na Aleac, os policiais penais reivindicaram melhorias salariais, estruturais, aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e a derrubada do veto do Governo Federal em relação a criação de um CNPJ da Policia Penal.
Um dos argumentos para as críticas ao atual momento do sistema penitenciário no estado é a quantidade de fugas de unidades prisionais. Desde o dia 19 de junho, ou seja, em menos de três meses, foram registradas 25 fugas de presídios em Rio Branco, Senador Guiomard e Cruzeiro do Sul. A última fuga registrada foi na unidade localizada na segunda maior cidade do Acre, no último sábado, dia 6, quando oito presos fugiram do Presídio Manoel Neri da Silva.
Com as 25 fugas registradas em 2025, o número é igual ao registrado no ano passado. No entanto, no entendimento de Marcos Frank, houve um aumento no número da população carcerária e, por isso, afirma que considera que, proporcionalmente, há uma diminuição na quantidade de fugas.
“Creio que o ponto aí que eles falam que o sistema penal está em crise seja a quantidade de fugas. As fugas elas não são toleradas e tão pouco esperadas no sistema prisional, outros estados da federação onde o custo do preço é muito mais elevado ainda ocorrem fugas. No Acre, no ano de 2025 ocorreram 25 evasões, igual ao número de fugas de 2024 e em 2023 tivemos 38 fugas. Esses são os nossos dados. Ocorre que a população carcerária do ano de 2025 aumentou em relação ao ano passado e proporcionalmente cremos que houve uma diminuição na fuga considerando o número relativo. No entanto mesmo assim, não é motivo de nenhuma comemoração nesse sentido, nossa ideia é zerar a quantidade de fugas que ocorrem dentro do sistema prisional”, afirma o presidente do IAPEN.