
A Secretaria de Estado de Agricultura do Acre (Seagri) sediou nesta quarta-feira, 10, a fase de avaliação dos cafés robusta que concorrem à 3ª edição do Concurso QualiCafé. O Q Robusta Graders, um time de especialistas com formação internacional, foi responsável pela degustação e avaliação dos produtos. Ao todo, 48 produtores rurais acreanos participam da competição.
Os especialistas analisaram os aspectos sensoriais e técnicos dos grãos, como sabor, fragrância, notas, retrogosto, entre outros, e atribuíram nota de 0 a 100. Segundo a Seagri, as amostras encaminhadas à equipe de especialistas são codificadas, sem informações sobre os produtores, em busca de garantir transparência e imparcialidade.
A edição 2025 do QualiCafé conta com uma das maiores premiações já registradas, com um valor de R$ 55 mil reais para o produtor campeão. Além disso, os 15 primeiros colocados terão a oportunidade de participar da Semana Internacional do Café (SIC), um dos maiores eventos do setor cafeeiro.
De acordo com o secretário José Luis Tchê, a fase de avaliação representa um marco para o Acre. “Anteriormente, esse concurso precisava ser feito em outros estados, como Rondônia, Espírito Santo, e esse ano conseguimos fazer com que ele fosse feito aqui, trouxemos os especialistas, que têm experiência nacional e internacional. E essa participação é muito boa para nós, porque eles levam essa experiência e divulgam que no Acre existe café de qualidade”, disse Tchê.
O Sebrae, um dos parceiros do concurso, esteve presente na fase avaliativa, representado pelo diretor técnico, Kleber Campos. Em sua fala, o diretor destacou a importância de fortalecer a cadeia produtiva e de reconhecer o potencial dos grãos acreanos.
“Que a gente consiga intensificar as nossas parcerias, junto ao Governo, associações, secretarias, produtores, para que a gente possa fortalecer o nosso café e torná-lo uma marca ainda mais reconhecida, não só no nosso território, no Brasil, mas no mundo”, pontuou.
Um dos quatro avaliadores presentes, o especialista Janderson Dalazen, de Rondônia, compartilhou a experiência à frente da banca de avaliação. “Nós viemos em um grupo de quatro avaliadores, temos formações, certificação internacional em cafés robustos, que são os cafés produzidos aqui no Acre, e hoje demos início a esse protocolo para avaliar os cafés. Nós recebemos as amostras codificadas, fizemos a torra e depois já passamos para a degustação, onde avaliamos cerca de dez atributos sensoriais”.

O especialista ainda acrescentou que os cafés que pontuam acima de 80 pontos são considerados especiais, e adiantou que as produções se destacaram no processo avaliativo. “Nessa primeira mesa de provas, vários desses cafés são especiais, com atributos sensoriais fantásticos, e mostra que o Acre realmente tem potencial para se destacar cada vez mais”, reforçou.
A produtora rural Maria Socorro, de Porto Acre, é uma das participantes do concurso QualiCafé. Em sua fala, agradeceu ao secretário Tchê pela oportunidade. “Participando desse momento eu até me emociono, porque lembro de quando o secretário nos visitou, lá em Porto Acre, e ele disse que o café tinha potencial e que era de qualidade, que o café do Acre era bom, e hoje nós estamos aqui provando que ele realmente é”, finalizou.