Rio Branco, 27 de setembro de 2025.

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Ex-sargento da PM acusado de tentar matar estudante de medicina vai a júri popular em Rio Branco

Vítima de tentativa de homicídio que Nery é acusado tem sequelas em uma das mãos: Foto cedida

Mileny Andrade (estagiária), sob supervisão de Leônidas Badaró

O ex-sargento da Polícia Militar do Acre, Erisson de Melo Nery, começou a ser julgado nesta segunda-feira, 22, em Rio Branco, acusado de tentar matar o estudante de medicina Flávio Endres Ferreira durante uma confusão em um bar de Epitaciolândia, em novembro de 2021. O júri popular está sendo realizado no Fórum Criminal da capital e deve se estender até terça-feira, 23.

O julgamento estava previsto para o dia 16 de setembro, mas acabou adiado a pedido da defesa, que alegou coincidência de datas com outro processo. Agora, testemunhas e provas, incluindo gravações em vídeo, serão apresentadas aos jurados sob acompanhamento da Vara do Tribunal do Júri.

A denúncia aceita pelo Ministério Público em 2022 enquadrou Nery por tentativa de homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal grave. As investigações apontaram que, após uma discussão no bar, o militar abordou o estudante do lado de fora, derrubou-o no chão e efetuou disparos. Flávio foi atingido por pelo menos quatro tiros, precisou passar por cirurgia no abdômen e ainda convive com sequelas em uma das mãos.

Na época, vídeos divulgados nas redes sociais mostraram momentos da confusão. As imagens indicam que a primeira agressão partiu da sargento Alda Nery, esposa do acusado, contra o estudante. O ex-sargento, entretanto, sustentou que reagiu após uma suposta importunação contra sua companheira.

Esse não é o único processo envolvendo Erisson Nery. Em 2017, ele foi acusado de matar com seis tiros um adolescente de 13 anos no bairro Canaã, em Rio Branco, após flagrá-lo tentando furtar sua residência. Condenado em 2023 a oito anos de prisão em regime semiaberto, Nery acabou beneficiado por decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que anulou a sentença por considerar que houve falhas processuais e uso de provas inválidas.

A anulação não encerrou a polêmica em torno do caso, já que o Ministério Público e a família do adolescente recorreram para que a pena seja revista e agravada.

Agora, o ex-sargento volta ao banco dos réus, desta vez pela tentativa de homicídio contra o estudante de medicina, em um julgamento que promete atrair a atenção pública pelo histórico do acusado e pela gravidade dos fatos.

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