Rio Branco, 27 de outubro de 2025.

SEAGRO

Comissões de Saúde da Aleac e da Câmara se reúnem com Sesacre para discutir investigação do caso do bebê quase enterrado vivo

Reunião foi no Hospital da Criança onde fica a parte administrativa da Maternidade Bárbara Heliodora: Foto Emely Azevedo

Presidentes das Comissões de Saúde dos poderes legislativos, o vereador João Paulo e o deputado estadual Adailton Cruz se reuniram, nesta segunda-feira, 27, no Hospital da Criança, com a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), Ana Cristina Moares, e a direção da unidade pública, com o objetivo de debater os próximos passos no processo de responsabilizar os possíveis culpados no caso João Pedro, recém-nascido dado morto e quase enterrado ainda com vida, que faleceu nesta madrugada.

Em entrevista ao Portal Acre, João Paulo declarou que o momento exige a participação conjunta dos órgãos de controle para analisar e punir de forma adequada caso as apurações confirmem que a família foi vítima de negligência médica.

“É preciso se unir para que todas as medidas cabíveis sejam tomadas. Todos estão atuando de maneira cautelar, para que a gente possa, de fato, dar uma resposta para a sociedade e principalmente para as famílias, que estão passando pelo luto, sofrendo com essa perda”, pontuou.

De acordo com Cruz, a reunião buscou elucidar as categorias da saúde que atuam no estado sobre os procedimentos que serão adotados para apurar o caso e garantir, também, ações de acolhimento e amparo à família.

“Eu já estive reunido com a equipe responsável, e agora vamos ter esse momento com a direção. A secretária também vai trazer um panorama sobre as deficiências que temos aqui [nas unidades], e o que tem sido feito para melhorar a assistência e fazer com que essas situações não venham a ocorrer”, disse o parlamentar.

Além disso, o deputado afirmou que o caso é extremamente delicado e coloca o sistema de saúde pública do Acre em cheque.

“Nesse momento, não podemos fugir da responsabilidade de apurar, de aplicar a responsabilidade, e a nossa vinda até aqui é justamente para isso, avaliar se houve erro ou não, os fatores que contribuíram para tudo isso, desde questões estruturais, de trabalho, materiais, que muitas vezes colabora para esses casos. Isso é inadmissível, e estou abatido, assim como os colegas que passaram por isso”, acrescentou.

Procurada, a secretária adjunta preferiu não se posicionar. “Por enquanto não concederemos entrevistas, uma vez que já foi liberada nota oficial com todas as informações pertinentes ao momento. É hora de prestar todo apoio possível à família e isso está sendo feito em primeiro lugar”, informou a assessoria de comunicação da Sesacre.

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