
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), assegurou nesta quarta-feira, 29, a transferência de um bebê de quatro meses, natural de Plácido de Castro, para o Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto, em São Paulo.
A transferência, autorizada em caráter excepcional pela unidade paulista, está programada para ocorrer nas próximas horas. O paciente será encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cardiopediátrica do hospital, referência em atendimentos de alta complexidade.
A mãe do bebê, Leivia de Souza, emocionada, relatou os dias de luta que vem enfrentando. “Estou muito feliz. São dias de luta e só tenho gratidão por tudo. Meu filho será transferido e tenho fé em Deus de que logo ele estará bem. Ele é um bebezinho de apenas quatro meses e está sofrendo. Mas, graças a Deus e à mobilização de todos, ele será transferido, para honra e glória do Senhor Jesus Cristo. Toda amparo do governo. Me ligaram se disponibilizaram a ajudar e deu certo”, contou.
Durante o período em que permaneceu internado no Hospital da Criança, em Rio Branco, o bebê recebeu acompanhamento contínuo da equipe médica e multiprofissional. A transferência foi definida após avaliação clínica, que indicou a necessidade de tratamento especializado, mas foi concretizada somente agora, devido às condições clínicas.
A pediatra intensivista Elizabeth Souza explicou o caso: o bebê deu entrada na UTI do hospital após passar pelo pronto-socorro, apresentando insuficiência respiratória. “Durante a avaliação, percebemos que havia um problema além do respiratório. Foi solicitada avaliação cardiológica e ecocardiograma, que diagnosticaram uma cardiopatia complexa: uma tetralogia de Fallot. A parte respiratória foi tratada e o bebê estabilizado, sendo transferido para a semi-intensiva, onde permanece estável, aguardando o transporte especializado”, disse.
Ela explicou ainda que, apesar da respiração mais rápida causada pela cardiopatia, o bebê não apresenta cianose. “Trata-se de uma tetralogia de Fallot ‘rosa’, ou pink Fallot, que não é cianótica. O tratamento é cirúrgico, e o prognóstico é muito bom. Com a correção, ele terá uma vida normal”, completou.
A ação é resultado da articulação entre o Governo do Estado, por meio da Sesacre, e a direção do hospital paulista, garantindo que o paciente receba a assistência adequada ao seu quadro.








