
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) realiza, mensalmente, uma análise da Intenção de Consumo das Famílias, levando em consideração o emprego atual, o nível de renda, a perspectiva profissional e acesso ao crédito, tendo como resultado a indicação de satisfação ou insatisfação das famílias.
No Acre, os dados regionais mostram que a intenção de consumo das famílias vêm apresentando crescimento na comparação com agosto, atingindo 114 pontos, principalmente para famílias com renda de até 10 salários mínimos, impulsionado pelo crescimento da oferta de crédito para famílias de renda baixa, mostrando a preferência das instituições financiadoras em atender esse nicho específico de mercado.
Para as famílias com renda superior a 10 salários mínimos, o indicador retraiu 2,4 pontos, também influenciado pelo acesso ao crédito, a Selic elevada e, consequentemente, os juros praticados, o que demonstra que o consumidor acreano está planejando seu consumo de forma consciente.
Todos os indicadores tendem a melhorar a partir do próximo mês por conta dos preparativos para as festas de final de ano, apesar de o indicador das intenções de consumo ter retraído em relação ao mês de agosto, sendo o menor desde abril deste ano, saindo de 141,5 pontos para 134,9 pontos.
Na relação de consumo, bens duráveis não devem ser adquiridos nos períodos com foco nas famílias com renda acima de 10 salários mínimos, sofrendo forte influência na retração da oferta de crédito.
Dados nacionais
Os resultados observados em todo o País indicam que as famílias vêm demonstrando menos interesse no consumo, atingindo, em outubro, 101,2 pontos. O menor desde outubro do ano anterior e sua retração nos últimos três meses. Mesmo tendo diminuído, o indicador ainda está na faixa de satisfação, acima de 100.
Nas análises sobre o emprego atual, o indicador apresenta sinais de satisfação das famílias com o trabalho. Isso gera uma maior confiança para consumir, o que deve ocorrer no final de novembro, quando da Black Friday, notadamente para famílias com renda superior a 10 salários mínimos.
Por outro lado, a perspectiva profissional dos entrevistados retornou aos mesmos valores de outubro do ano passado, depois de 11 meses de crescimento, atingindo, em setembro, 112,6 pontos, mantendo-se, mesmo retraindo, acima dos 100 pontos, indicando satisfação.








