De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 14, a produção agrícola do Acre alcançou 189.333 toneladas em setembro, distribuídas por mais de 64,4 mil hectares.

A produção em setembro revela uma forte concentração em culturas de grande volume, como a mandioca, que lidera com expressivas 503.211 toneladas, seguida pelo milho (118.983 t) e pela soja (63.138 t). Essas três culturas representam os pilares da safra estadual. Em um segundo grupo, aparecem a banana (89.249 t) e a cana-de-açúcar (10.119 t), com volumes relevantes, mas bem abaixo dos líderes.
Já o café (5.363 t), a laranja (5.260 t) e o arroz (4.339 t) apresentam produções mais modestas, embora sejam importantes para a diversidade da agricultura local.
O feijão (2.849 t) e o fumo (112 t) completam o quadro com os menores volumes, mas ainda contribuem para o abastecimento interno e a economia rural. Essa distribuição mostra como o Acre combina culturas de alto rendimento com outras de valor estratégico e nutricional, refletindo uma agricultura diversificada e adaptada às condições regionais.
Estado fortalece ações
A Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) tem assumido papel estratégico no fortalecimento da cafeicultura acreana, liderando e articulando ações que impulsionam toda a cadeia produtiva local.

Entre as iniciativas destacadas pelo secretário José Luiz Tchê está o concurso de qualidade do café, realizado no estado, que projetou os produtores vencedores para outros territórios do Brasil, uma vitrine que valoriza o talento regional e consolida o Acre como referência na produção de cafés especiais.
“Isso é muito importante porque é o momento de o Acre dizer ao mundo que produz café e café de qualidade. Isso elevou o nosso estado a um patamar diferenciado, até porque as pessoas conseguem entender a qualidade do café produzido aqui”, destaca.
A tecnologia e a inovação despontam como vertentes promissoras no fortalecimento da agropecuária no Acre e a Seagri tem sido protagonista nesse avanço. Durante a Expoacre Juruá, foi lançado oficialmente o Programa de Análise e Diagnóstico de Solos do Acre, o Solo Fértil, iniciativa que visa melhorar a qualidade dos solos e ampliar a produtividade agrícola de forma sustentável.
Por meio de estudos técnicos detalhados das propriedades rurais, o programa contribui diretamente para a valorização da agricultura familiar e para a conservação dos recursos naturais, moldando um futuro em que produzir e preservar caminham lado a lado.
“O sabor do nosso café vem do solo, então temos que cuidar bastante e acompanhar esse desenvolvimento porque o nosso clima é fantástico e a gente avalia que a inauguração do complexo vai trazer uma outra dinâmica para esses produtores, tornando o Vale do Juruá um polo de cafeicultura, que incentiva, agrega valor ao nosso produto e, claro que o governo vem cuidando disso para que o pequeno produtor seja colocado nesse mesmo patamar”, avalia.