
Se aproximando, o mês de novembro traz uma ótima oportunidade para quem deseja economizar: a Black Friday. A data comercial, celebrada na última sexta-feira do mês, reúne diversas promoções e descontos que chamam a atenção dos consumidores. Apesar dos atrativos, é preciso estar alerta. Em 2025, o Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Acre (Procon), tem intensificado as ações de fiscalização e de conscientização para os clientes e fornecedores locais.
Em entrevista ao Portal Acre, o agente fiscal do Procon, Júnior Santiago, explica que as principais falhas se encontram no momento de expor o preço dos produtos. “Muitas lojas não separam os setores estão os descontos das promoções da Black Friday. Colocam, geralmente, o valor da parcela e não o total do produto, não informam as taxas de juros e não são explícitos sobre as políticas de trocas, e tudo isso é importante no processo de decisão de compra”, disse o agente.
Santiago explica que há algumas orientações que podem auxiliar os consumidores no processo de adquirir novos itens a se manterem precavidos em caso de possíveis golpes.
“É importante que o cidadão esteja atento, e confira o histórico de preço do produto desejado, comparar em diferentes lojas, e possa confirmar a oferte realmente possui um desconto. Também é importante ter acesso a todas as condições de troca, de devolução, e salvar todo tipo de documentação, como comprovantes, e nunca deixar de exigir a nota fiscal”, pontuou.
Além disso, o agente reforçou que o cuidado deve ser o mesmo em compras online. “Desconfie de anúncios em redes sociais ou links recebidos por mensagens que prometem preços muito abaixo do mercado, e sempre priorizar sites confiáveis, que possuem certificados de segurança e canais de atendimento”.
O analista de sistemas e colunista do Portal Acre, Robison Fernandes, compartilha que sites de golpe apresentam padrões frequentes, o que pode auxiliar os consumidores a identificar uma possível tentativa de fraude. “Esses sites irão apresentar clonagem de layouts, então vão ser muito parecidos com grandes lojas varejistas, por isso é importante estar atento ao domínio (endereço do site). Além disso, essas páginas falsas quase sempre tem um catálogo muito caótico, produtos misturados e imagens suspeitas, e preços muito milagrosos para produtos que, comumente, são muito caros”, explica.
Os selos de segurança, que costumam deixar os clientes seguros, também poder ser modificados. Fernandes afirma que todos os selos legítimos são clicáveis e redirecionam o consumidor para uma página de validação.
“O selo de segurança original costuma ser clicavel e levar para uma página de validação do provedor, com data vigente, domínio correto, informações da empresa. Se o selo for estático ou até uma imagem, é um forte indício de falsificação. A regra de ouro é, se não houver um site de validação externa, o consumidor pode assumir que aquele site não é seguro”.
Robison Fernandes orienta que, em caso de golpes, é importante seguir alguns passos para garantir que os dados pessoais e bancários estejam seguros. Entre eles:
Bancos e pagamento
Cartão: Peça contestação imediatamente
Pix: Solicite Mecanismo Especial de Devolução (MED) ao seu banco o quanto antes
Autoridades e defesa
Registre B.O em uma delegacia comum ou uma especializada em crimes cibernéticos
Abra reclamação no Procon e Consumidor.gov.br
Plataformas
Denuncie o site e as redes sociais onde o anúncio foi recomendado
Segurança de contas
Troque senhas do e-mail e de lojas, ative autenticação de dois fatores e monitore todas as transações
Confira as recomendações na íntegra na Coluna Radar Tecnológico.