
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC), em parceria com o Instituto DataControl, divulgou uma pesquisa que traça um panorama sobre o mercado de trabalho da população economicamente ativa da capital acreana.
O levantamento levou em conta a entrevista realizada com 210 pessoas e revelou dados significativos sobre emprego, renda, escolaridade e deslocamento para o trabalho em Rio Branco.
O estudo tem como objetivo subsidiar políticas públicas, orientar ações empresariais e contribuir para a formulação de estratégias voltadas ao fortalecimento do mercado de trabalho e da economia acreana.
Entre o perfil dos entrevistados, as mulheres somam a maioria, com 53,3%, enquanto 46,7% são homens. Já na faixa etária dos participantes da pesquisa, indicador importante da pesquisa, 61,4% têm entre 16 e 44 anos, sendo 15,2% entre 16 e 24 anos, 23,8% entre 25 e 34 anos e 22,4% entre 35 e 44 anos. Outros 22,9% têm entre 45 e 59 anos, e 15,7% possuem 60 anos ou mais.
A escolaridade e a renda média mensal também foram dois pontos importantes do estudo. Com relação ao primeiro, 57,2% da população têm a escolaridade concluída, sendo 8,6% com ensino fundamental, 36,2% com ensino médio, 11,4% com ensino superior e 1,0% com pós-graduação. Em contrapartida, 42,8% ainda não concluíram seus estudos, estando em etapas a finalizar no ensino fundamental (17,6%), ensino médio (14,8%) e ensino superior (10,4%).
A respeito da renda, o levantamento mostra que 62,9% da população têm renda média de até R$ 1.518,00 por mês. Outra parcela de 37,1% recebe entre R$ 1.519,00 e R$ 7.590,00, sendo 31,4% com renda entre R$ 1.519,00 e R$ 3.036,00; 4,8% entre R$ 3.037,00 e R$ 7.590,00; e 0,9% acima de R$ 7.591,00.
Um outro aspecto bastante importante da pesquisa se refere a ocupação da população, no caso do mercado de trabalho. Conforme o estudo, 83,3% da população de Rio Branco têm ganhos provenientes de atividades econômicas remuneradas, enquanto 16,7% se apresenta como desempregada. Entre os que possuem atividades econômicas, 65,2% têm vínculo empregatício e 18,1% trabalham sem vínculo, sendo 11,4% que “fazem bico” e 6,7% empresários.
Da população com vínculo, 31,0% atuam no setor empresarial privado, 7,6% como prestadores de serviço, 14,8% são servidores públicos e 11,9% aposentados. Entre os trabalhadores sob contrato, 63,7% têm carteira assinada e 36,3% não possuem registro formal.
Já entre os desempregados, 33,3% não procuram emprego, enquanto 14,6% buscam há menos de um ano e 8,3% há mais de um ano. Além disso, 24,0% realizam trabalhos eventuais (“bicos”) e 19,8% são aposentados.
Em relação ao tempo médio de procura por emprego, 18,8% da população desempregada sequer lembra há quanto tempo procura emprego. Já 32,8% buscam há menos de um ano, 10,9% há menos de dois anos e 37,5% há mais de dois anos.
O estudo também mostra que 16,2% da população mudou de emprego nos últimos 12 meses, enquanto 68,1% permaneceu no mesmo vínculo e 15,7% está desempregada há mais de um ano.
Deslocamento até o trabalho
Para 34,8% da população, a distância entre a moradia e o local de trabalho é considerada grande, enquanto 16,2% a consideram pequena. Outros 13,3% avaliam como razoável e 7,1% afirmam “fazer bico”, portanto, trabalham em locais diversos. Além disso, 28,6% da população está atualmente sem trabalho.
Sobre o meio de transporte utilizado para ida e volta ao trabalho, o levantamento aponta que 32,4% da população utilizam transporte coletivo e 24,3% se deslocam de moto. Outros 9,0% utilizam carro próprio, 3,8% bicicleta e 6,7% fazem o percurso a pé. Atualmente, 23,8% estão sem trabalho.
Da população pesquisada, 32,9% não informaram possuir emprego fixo. Entre os que informaram, 27,6% trabalham no comércio, 20,0% na prestação formal de serviços, 16,7% no setor público e 2,9% em atividades agrícolas e industriais.
A satisfação com os ganhos no trabalho também foi um ponto abordado nas entrevistas. Segundo o estudo, 39,5% da população considera seus ganhos mensais insuficientes para suprir as necessidades domésticas. Outros 33,3% afirmam estar satisfeitos, 17,1% dizem que os rendimentos são às vezes suficientes, 9,0% não possuem renda e 1,0% não se manifestaram a respeito.
A pesquisa mostra que em 38,1% das residências de Rio Branco moram, em média, três pessoas. Em 19,5% das casas vivem até duas pessoas. Outras 17,6% das moradias são ocupadas por quatro pessoas, 11,0% por apenas uma, 8,6% por cinco pessoas e 5,2% por mais de cinco.
Com relação à manutenção das moradias em Rio Branco, em 46,7% delas apenas uma pessoa trabalha. Em 19,5%, duas pessoas assumem as despesas, em 12,4% o sustento é garantido por três pessoas e em 1,4%, por quatro.








