Durante entrevista ao programa Um Dedin de Prosa, exibido nesta quarta-feira, 12, pelo Portal Acre, o deputado estadual Fagner Calegário comentou sobre o processo que envolve o governador Gladson Cameli, com julgamento marcado para o dia 19.
Calegário, que é formado em Direito, afirmou que observa o caso com cautela e respeito à Justiça.
“Eu tenho duas coisas para falar sobre o processo do dia 19: é desacreditar em tudo que eu estudei no Direito ou acreditar que realmente o advogado faz diferença na vida do seu cliente. Eu não vou falar que ele (governador Gladson) vai ser condenado ou absolvido, eu não sei!”, declarou.
O parlamentar também destacou a popularidade de Gladson Cameli, diferenciando a figura política do pessoal.
“Ele é um fenômeno de popularidade, fora da curva. Como gestor, tenho minhas críticas, mas como pessoa, qualquer um que chegar pra falar mal dele é um desavisado”, disse Calegário.
Questionado pelos apresentadores Leônidas Badaró e Fredson Camargo sobre os possíveis desdobramentos políticos, caso o governador seja condenado, o deputado analisou o impacto nas eleições de 2026, especialmente em relação à disputa pelo Senado.
“Se ele for candidato, está eleito, mas vai ter dificuldade para puxar o segundo candidato. Jorge Viana tem 13% do primeiro voto e transita muito bem no segundo voto, assim como a Mara, que me surpreendeu quando vi a robustez que ela apareceu nas pesquisas no segundo voto e tudo isso tira votos da direita”, avaliou.
Sobre um eventual cenário sem a candidatura de Gladson, Calegário apontou incertezas quanto à definição de um nome apoiado pelo governo.
“Ele não sendo candidato, qual a grande interrogação? Quem vai ser o primeiro candidato apoiado pelo governo para o Senado? Eu nem preciso responder, porque vocês mesmos falaram, tem coisa que a gente nem precisa responder porque a gente vê a movimentação no tabuleiro”, concluiu, após os apresentadores citarem o nome de Nicolau Júnior, presidente da Assembleia Legislativa do Acre.
