Rio Branco, 21 de novembro de 2025.

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Com 22,1%, Acre tem a maior taxa de gravidez na adolescência entre os estados da Amazônia Legal;  especialista fala sobre desafios para diminuir índices

Especialista explica que é preciso orientar sobre métodos contraceptivos mais eficazes: Foto cedida

Dados oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde em relação à gravidez na adolescência mostram que em 2023 foram mais de 300 mil partos em meninas entre 10 e 19 anos no país. Isso significa que uma em cada oito gestantes no Brasil ainda é adolescente.

A gravidez nessa fase traz riscos sérios. Maior chance de diabetes gestacional, anemia, infecções e complicações no parto. O impacto social também é profundo, já que muitas jovens abandonam os estudos, adiam ou perdem oportunidades profissionais.

Segundo os dados, o Acre é um dos estados com a maior incidência de gravidez na adolescência. A taxa no estado é de  22,1% de nascidos vivos de mães adolescentes o percentual é o mais alto entre os estados da Amazônia Legal.

Conforme o pediatra especialista em saúde do adolescente,  Benito Lourenço, falar apenas sobre camisinha não basta. Apesar de importante, sua taxa de falha é alta quando usada sozinha. Métodos contraceptivos de longa duração como DIU e implante hormonal são muito mais eficazes, com taxa de falha inferior a 0,4% ao ano.

Esses métodos estão disponíveis no SUS e podem ser indicados para adolescentes. Informação, diálogo e acesso são essenciais para mudar essa realidade.

“A ideia é conversar sobre formas mais modernas,  formas mais eficazes de prevenção, que são os métodos de longa duração. Eu tô falando do DIU, como também do implante hormonal, que têm taxas de falha muito pequenas, menores que 0,4%, 0,3% até 0,1% por ano. Por isso, além da educação sexual, é fundamental a gente garantir acesso a esses métodos contraceptivos e eles já estão disponíveis no SUS para os adolescentes e os pais têm que conhecer esses métodos mais eficazes de proteção. Por isso, procura mais informação aí na sua cidade sobre os métodos bons, os métodos eficazes disponíveis para a prevenção da gravidez na adolescência”, explica.

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